sexta-feira, dezembro 26, 2008

Detesto Coca Light

Zeca Baleiro lançou, recentemente, dois CDs.
O título: O coração do homem_bomba - volumes 1 e 2
Segundo o próprio Zeca:
Este disco não tem "conceito". É um disco de música popular, a boa e velha música popular brasileira. Espero que baste. Quando escrevi a resenha do primeiro volume, eu a terminei com a seguinte palavra: "Bastou!" Agora podemos dizer que bastou duas vezes!
Com conceito ou sem conceito, os CDs são bons, boas músicas, letras melhores ainda. Bons parceiros. Participações discretas e interessantes.
Quem quiser saber mais sobre os CDs, dê uma busca na net e encontrará muita coisa. A título de colaboração, deixo dois links, os últimos que li e que me fizeram lembrar de escrever esse post:
Bem, e o que me fez escrever sobre os CDs O coração do homem_bomba?
Mostro aí a capa interna do volume 2, onde aparecem os nomes das canções e seus autores:Alguém vê aí uma música chamada Detesto Coca Light, parceria de Zeca e Chico César?
Pois é, não aparece. Mas existe!
Depois de cantar Samba de um janota só, Zeca diz:
Para quem aprovou este cantador, eu quero dedicar uma faixa-bônus. Uma canção minha e de Chico César, por nome "Eu detesto Coca Light". Obrigado.
E passa a cantar a música.
Inconformada com a ausência de qualquer menção a ela na lista de canções do CD, fui consultar o encarte, certa de que ali sim encontraria a letra e a autoria da tão criativa música.
Qual o quê!
O encarte termina como se vê aí ao lado: com a letra de Samba de um janota só... e só!
E não existe, em todo o encarte, nem mesmo nos agradecimentos, uma única palavra que faça com que alguém suspeite da existência da música.
Bem, nem preciso dizer o quanto acho isso deselegante...
Foi mal, Zeca!
Como um desagravo, coloco aqui a bela letra e um link para que meus visitantes possam ouvir Zeca cantando Samba de um janota só e Detesto Coca Light.

Destesto Coca Light
(Zeca Baleiro e Chico César)
Eu detesto George Bush desde a guerra do Kuwait
Não quero que tu te vás, mas se tu queres ir, vai-te
Quero adoçar minha sina que viver tá muito diet
Danação é cocaína mesmo quando chamam bright
Gosto de você menina, mas detesto Coca Light

Gosto de sair à noite, de tomar um birinaite
Jurubeba, tubaína, Johnnie Walker, Black&White
Me afogo na canjibrina, caio no tatibitate
Tomo cinco ou seis Salinas feito fosse chocolate
Engulo até gasolina, mas detesto Coca Light

Fazem da boate igreja, da igreja fazem boate
Põem veneno na comida, cicuta no abacate
Eu cuido da minha vida, não sou boi que vai pro abate
Podem cortar minha crina, podem partir pra o ataque
Podem me esperar na esquina, mas detesto Coca Light

Deus é o juiz do mundo, ele apita o nosso embate
Nem Carlos Eugênio Simon, nem José Roberto Wright
A partida não termina, prorrogação e penalti
A torcida feminina dá um molho ao combate
Aprendo o que a vida ensina, mas detesto Coca Light

Tolerância zero, Fome zero, Coca zero
No quartel do mundo eu sou o recruta zero
Quero, quero tanta coisa
E só me dão o que não quero.

segunda-feira, dezembro 22, 2008

Paciência

Natal chegando...
Lojas cheias. Trânsito caótico.
Gente fazendo fila pra ver a árvore de Natal no Ibirapuera.
Mais gente fazendo fila pra ver o Papai Noel na Av. Paulista.
Supermercados... cheios!
Shoppings... lotados!
Haja paciência!
Pensando nisso tudo, achei que a música Paciência, de Lenine e Dudu Falcão, cantada pelo primeiro, poderia ser uma boa mensagem para o próximo ano.
E aí comecei mais um exercício de paciência...
Querendo usar meus conhecimentos recém adquiridos como webdesigner, decidi fazer um pequeno site com a mensagem. Preparei fundo, letra da música, audio, links.
Tudo pronto!
Onde hospedar meus arquivos?
Queria, claro, hospedagem grátis.
Comecei pelo Geocities. Parecia tudo certo. Fiz alguns testes e vi que volta e meia o site estava fora do ar.
Desagradável! Imagine, mandar uma mensagem pros amigos e, quando eles fossem acessar, encontrassem um aviso de que o site estava temporariamente inacessível...
Paciência!
Saí em busca de outra hospedagem.
Passei por várias: WebNG, FortuneCity, CJB, 000webhost, UOL, xpg, net84...
Em quase todos, havia que preencher um cadastro, confirmar, etc...
Haja paciência!
E em cada um, também, um probleminha: um não aceitava música, outro colocava propagandas no topo do site, outro demorava pra carregar... Enfim, nenhum satisfez minhas expectativas de webdesigner novata e amiga antiga ...
Paciência...
Decidi então reformular meus arquivos, transformar tudo num velho e bom e-mail com a imagem anexada, a letra da música no corpo da mensagem e tendo como única novidade, um link para ouvir Lenine cantando Paciência no Goear.
Aproveitei pra incluir uma idéia que venho acalentando há algum tempo. Uma pequena mudança pro Natal de 2009: suspender os presentes e ajudar alguma instituição beneficente idônea.
Pense nisso você também, comente com as pessoas, temos mais de um ano pra nos acostumarmos com a idéia.
Para registrar todo esse périplo internáutico que relatei aqui, deixo abaixo os links que produzi e que de alguma forma ainda estão no ar :
E para completar, vai a letra da música e o link para quem quiser ouvir Lenine cantando:
Paciência
Lenine e Dudu Falcão
Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
A vida não pára...

Enquanto o tempo
Acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora
Vou na valsa
A vida é tão rara...

Enquanto todo mundo
Espera a cura do mal
E a loucura finge
Que isso tudo é normal
Finjo ter paciência...

E o mundo vai girando
Cada vez mais veloz
A gente espera do mundo
E o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência...

Será que é tempo
Que lhe falta prá perceber?
Será que temos esse tempo
Prá perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...
.
Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não pára
A vida não pára não...

Será que é tempo
Que lhe falta prá perceber?
Será que temos esse tempo
Prá perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...
.
Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei,
A vida é tão rara

A vida não pára não...
A vida é tão rara
A vida é tão rara
E lembre-se:
Para 2009, muita paciência!

domingo, novembro 30, 2008

Agora, 3 anos!

E hoje esse blog completa seus três anos de vida!
Começou com Chico César e, não por coincidência, o último post aqui lançado, também fala sobre o paraibano. Eita!
Mas é isso, minha gente, meus assuntos prediletos são Chico César e viagens. E às vezes os dois juntos!
Estive contabilizando o que rolou por aqui nesse último ano de blog: 45 postagens, das quais 31 falam de viagens e 9 de Chico César.
Muita gente andou por aqui. Meu contador acusa 8 mil e tantas visitas, nos últimos dois anos, já que no primeiro não havia contabilidade...
E os comentários... esses são poucos: no último ano, 62 apenas!
A listagem de tudo o que foi comentado aqui , dividida em partes aleatórias, vai ilustrando essa conversinha...
Dentre as viagens, há duas mais importantes, maiores... Grandes viagens, feitas com Ana, minha inseparável companheira! Uma para a Patagônia, com muitas aventuras geladas. Outra para a Europa, em pleno verão, que teve mais um companheiro: meu pai.
Juntando viagens e Chico César, estão narradas aqui duas viagens a Salvador, uma das quais para a celebrar o 100º show de Chico que vi. E outra, a Tupã, onde Ana celebrou também o seu 100º show. Há também a visita a Roma, engendrada para ver o moço cantando por lá.
Ainda falando de Chico, há registros do lançamento de seu CD Francisco Forró y Frevo, o FFF. Comentários, repercussão na imprensa, shows.

E mais uma celebração: a dos 10 anos do Caminho de Santiago, com fotos e histórias dessa aventura antiga que fiz com meu amigo Esteves.
A viagem à Europa foi contada quase toda no calor da hora, digitando em quartos de hotel, praças etc. Ali estão nossas aventuras pelo norte de Portugal, Espanha, Roma, Lisboa e a bela Ilha da Madeira.
E ainda aparecem referências a shows, amigos, restaurantes, histórias do dia-a-dia, fotos. Enfim, como diz Cecília Meireles, em sua Apresentação:
Aqui está a minha vida- esta areia tão clara
com desenhos de andar dedicados ao vento.


quinta-feira, novembro 06, 2008

Circuito SESC de Artes... eu fui!

O evento foi enorme: 9 roteiros, 82 cidades. Artes visuais, cinema, dança, literatura, música, teatro...
O que me interessou foi o Roteiro 1.
Por quê?
Fácil: incluiu as cidades de Ourinhos, Palmital, Assis, Maracaí, Bauru, Presidente Prudente, Adamantina, Lucélia, Osvaldo Cruz e Tupã. E... a parte musical estava a cargo de Chico César e sua banda. Precisa mais?
Sempre sonhamos, Ana e eu, em levar Chico pra Assis. O SESC o fez!
E como quase todas as cidades pelas quais o mambembão passou ficam próximas de Assis, fomos ver mais de uma apresentação.
Vimos a abertura, em Ourinhos e o encerramento, em Tupã.
Em Assis, além do show, o mais animado dos que vimos, levamos os artistas pra casa...
Depois do show, Chico e sua equipe toda - músicos, produtora, roadie e técnico de som - foram jantar na casa de Ana. Foi bom demais!
Dizem que o show de Bauru foi o melhor. Pra mim o melhor foi Assis, claro!
De tudo, ficaram boas lembranças, fotos e filmes.
Algumas fotos foram colocadas num álbum:
Circuito SESC de Artes
Os filmes, faço uma listinha com o link para facilitar a consulta:
Em Ourinhos, o público meio desanimado se empolgou com Mama África.
Já em Assis, o público estava vibrante. Dá pra conferir aí em Abaeté, abaiacu e o namorado e Marcha da calcinha.
Tupã, a última cidade do trajeto, teve clima de festa. Era a hora da despedida, depois de duas semanas viajando juntos.
A primeira música do show - Eletrônica - começou ainda durante a apresentação dos Bucaneiros com sua dança Intersecções. Espalhados pelo palco havia girassóis que foram presenteados ao público pelos bailarinos e pelo próprio Chico. Bela preparação para a animada Girassol.
Nem preciso dizer que trouxemos dois girassóis pra casa...
Pra cantar Folia de Príncipe, Chico chamou o Grupo Lunática, de Minas Gerais e o Palhaço/Pregoeiro Marcio Libar, do Rio de Janeiro. Lotaram o palco, de gente e de alegria.
E ainda convidou Andréa Amendoeira, do Lunática, pra cantar Pensar em você em clima romântico.
E pra fazer justiça, vai aí o nome de toda a equipe do Chico, personagens importantes nessa história:
  • Xisto Medeiros - baixo
  • Guegué Medeiros - bateria
  • Ricardo Prado - acordeón
  • Priscila Brigante - percussão
  • Ana Nunes - produção
  • Fernando Narciso - som
  • Felipe Romano - roadie
É pouco?

domingo, outubro 19, 2008

Ubatchuva

Foi presente de aniversário.
Ana e eu ganhamos de Lourdes um fim de semana em Ubatuba.
Marcamos para 17 de outubro, em plena primavera.
Choveu desde que nos pusemos na Rodovia dos Tamoios e, com poucas tréguas, chove até agora, 48 horas depois.
Pensamos em ir a Parati, mas chovia tanto que desistimos. Ficamos dando voltas de carro pela cidade.
Fomos ao comércio, compramos crocs novos e coloridos.
Olhando o mar cinzento de chuva, almoçamos no Peixe com Banana. Comemos o prato que dá nome ao restaurante, uma iguaria típica daqui.
Fomos ver peixinhos no aquário.
Tomamos café com docinhos no Ellen Café.
Na noite do sábado, Drika e Renato, nossos amigos de São Paulo, chegaram. Passamos boas horas na casa deles, comendo churrasco, ouvindo música e contando causos. E ainda almoçaremos com eles hoje.
A experiência chuvosa me fez lembrar um amigo/correspondente de muitos anos - mais de 20, certamente - que um dia decidiu morar em Ubatuba.
Já não me lembro seu nome. Mas tenho viva na memória sua figura alta, sempre de chapéu, paletó, guarda-chuva e uma sacolinha de onde saiam coisas impensáveis.
Escrevia poemas em cartões postais e decorava tudo com colagens inusitadas para a época. Algo como os scrapbooks atuais. No final, escrevia: Ubatchuva, datava e assinava.
Como disse Lourdes, a chuva sempre faz emergir a nossa criatividade... E as nossas lembranças também, acredito.

terça-feira, setembro 30, 2008

Chico no "Roma Incontra il Mondo"

A viagem à Europa vinha sendo planejada, planejada, planejada...
Lugares e mais lugares foram incluídos e retirados dos planos.
Até que soubemos da agenda de Chico César na Europa para o período em que estaríamos por lá.
Só Itália!
E Itália não estava nos nossos planos...
Tratamos logo de escolher uma das cidades da turnê.
A eleita foi Roma.
Afinal não conhecíamos a capital italiana. Seria uma boa oportunidade.
Ficou decidido: iríamos ver Chico cantando no XV Roma Incontra il Mondo, no dia 21 de julho de 2008, em Roma.
Compramos ingressos pela net.
Escolhemos um vôo barato Madrid/Roma/Madrid. Reservamos hotel.
E lá fomos nós!
Roma, já foi dito, nos encantou.
No final daquela tarde de verão, pegamos um táxi que nos deixou num dos portões da Villa Ada.
Caminhamos por entre árvores, pássaros e esportistas até chegar ao local da apresentação, uma semi-ilha, rodeada por um lago:
Era cedo.
Andamos por lá, explorando as barraquinhas que vendiam livros, roupas... o mundo inteiro é igual!
Escolhemos um lugar bem na frente do palco e nos sentamos para esperar o espetáculo.
Xisto Medeiros apareceu no palco para preparar seu instrumento e nos viu ali. Desceu para nos cumprimentar e nos convidou para ir ao camarim.
Fomos uma por vez... medo de perder o lugar!
No camarim improvisado atrás do palco, ao ar livre, Chico penteava os cabelos enquanto conversava com quem aparecia por lá.
Foi logo me apresentando a Bruna - amiga brasileira que vive em Roma - e dizendo que depois do show iríamos todos pra casa dela, onde haveria uma festinha... Ana e eu estávamos convidadas.
Estava também por lá o mestre da Escola de Samba Roma -Rio, que se apresentou antes do show, ali bem diante de nossas cadeiras.
Alguém gravou a apresentação. Taí:
Em seguida, Chico e sua banda entram em cena.
Daí pra diante, nem preciso dizer que foi tudo muito bom.
Muito tempo depois de terminado o show, quando já pensávamos em conseguir um táxi pra voltar pro hotel. Apareceu Bruna insistindo para que fôssemos, sim, à festa.
Fomos.
Bruna, corajosa, recebia um grupo de brasileiros e italianos ruidosos para uma festa na madrugada, bem debaixo da janela da vizinhança.
Houve protestos, claro! Mas continuamos ali até umas 3 e pouco.
Saímos todos juntos.
Chico viajaria de volta ao Brasil poucas horas depois. Agradeceu nossa presença. Disse que foi bom termos ido também à festa, pois assim ficamos mais um pouco juntos.
Da festa não há fotos... Nossas lentes ficaram tímidas!
Mas do show, há fotos e filmes que já estão no ar há algum tempo, mas que repito aqui para facilitar a visualização.
Fotos:
Filmes:

domingo, setembro 14, 2008

Merdeces Sosa, eu vi!

Foi presente de aniversário.
Ana me ofereceu...
O show, único da temporada paulista, foi no HSBC Brasil. Loooonge!
Fomos cedo, pra evitar o trânsito e os desagradáveis guardadores de carro.
Essa é uma daquelas casas que não respeitam nem o artista nem o público.
Durante todo o show é um passa-passa de garçons carregando bandejas com tudo o que se possa imaginar: coxinhas, bebidas, queijos.
Em seguida, as contas são cobradas também durante o show...
Além disso, quem come e bebe tem vontade de ir ao banheiro.
Pronto... mais um tanto de gente passando pra lá e pra cá durante o show.
Mas nem tudo isso tira a emoção de ver aquela figura sentada em seu sofá branco, cantando como uma deusa.
A cada nova música um novo: ah!
E vê-la levantar-se ao fim do show um tanto insegura e dançar um pouquinho foi TUDO!
Mistura-se a alegria e a tristeza.
Alegria por vê-la ali.
Tristeza por senti-la tão frágil.
Pra lembrar e curtir ainda mais esse presente, há fotos e filmes.
As duas fotos que estão aí abaixo, foram as minhas melhores:
O clipe que encabeça esse post e mais esses outros, foram também feitos por mim. Estão trêmulos e cheios de interrupções. Pela emoção e pelo agito do lugar...

E aqui está também o álbum das fotos feitas por Ana:

segunda-feira, setembro 08, 2008

Parada gay no Porto

Foi assim...
Estávamos andando pelas ruas do Porto, quando vimos um cartaz como esses.
12 de julho... Na nossa programação, esse era o dia de ir a Vila do Conde, Viana do Castelo, Barcelos e ainda terminar o dia em Braga.
Rapidamente fizemos uma modificação nos planos. Fomos para Vila do Conde e Viana do Castelo um dia antes. Adiamos Barcelos para um dia depois e ficamos no Porto para o evento.
Bem, o cartaz dizia: 12 de julho, 15h, Praça da República.
De olho no mapa, caminhamos até a Praça da República. Chegamos cedo. Decidimos almoçar na região. Era sábado e não havia muita coisa aberta. Acabamos comendo num restaurante super simples, uma comida mais simples ainda. Ficava numa travessa pertinho da praça.
Quase 15h. Estávamos lá. Não fosse por um carro com "cara" de parada gay, pensaríamos que tínhamos sido vítimas de um engano.
Por fim, as pessoas foram chegando e começaram os preparativos.
Faixas, cartazes e a enorme bandeira do arco-íris.
Passava das 15h30 quando o pequeno grupo enveredeou corajosamente por uma das laterais da praça, mostrando sua garra com palavras de ordem e faixas.
Aos poucos mais e mais pessoas foram aderindo ao grupo.
Para nós, que conhecemos a tumultuada Parada Gay de São Paulo, com milhares de participantes, foi interessante ver que aquele simples e comportado movimento atingia da mesma maneira, e talvez até melhor, os mesmos objetivos pretendidos aqui.
Caminhamos com eles.
Fotografamos e filmamos
.

14 de julho, já em Braga, lemos no Jornal Metro uma pequena nota sobre o evento.
Fica assim documentada com fotos, filme e notícia no jornal a 3ª Marcha do Orgulho Lésbico, Gay, Bissexual e Transgênero da cidade do Porto, em julho de 2008.

terça-feira, setembro 02, 2008

Aposentada, sim senhor!

Faça as contas aí:
Comecei a dar aulas logo que saí do Curso Normal... coisa antiguinha, né? Mas existia naquele tempo, 1970.
Primeiro trabalhei na rede estadual, como professora substituta.
Logo depois, fiz um concurso para a rede municipal de ensino. Passei.
Dei aulas, aulas e aulas durante 25 anos.
Nada mais justo: me aposentei no dia 2 de setembro de 1997.
Assim, já se vão 11 anos de vida de aposentada.
Parece fácil, né? Mas não é, não!
Os dias passam muito rápido e não dá tempo de fazer tudo o que se quer.
Mas também, não posso reclamar!
Comemorei o primeiro ano de aposentadoria com meus amigos Esteves e Miguel passeando por Portugal. Estivemos no Convento de Cristo, em Tomar e terminamos a comemoração no Palace Hotel Bussaco, num lugar chamado Luso.
Olha nós aí:
Era minha primeira viagem à Europa. E não parei mais...
É, vida de aposentado tem lá suas vantagens!

quinta-feira, agosto 21, 2008

ÚLTIMA PARADA: ILHA DA MADEIRA

Voamos para a Madeira pela TAP... Só eles fazem esse vôo, por enquanto.
A viagem é curta, menos de duas horas.
Mas tem lanchinho!
E foi justamente na hora do lanchinho que vivemos a situação mais engraçada da viagem: meu pai pediu como bebida algo light, e ainda frisou sem açúcar!
Os comissários ficaram agitados. Faziam gestos uns para os outros, pararam de servir o restante do pessoal... A mim parecia incrível que não houvesse nenhuma bebida light no carrinho.
Por fim, um dos comissários chegou triunfante com a bebida pedida: um copo de leite!
Vejam só confundiram light com leite, que eles pronunciam laite.
Meu pai fez cara de paisagem e bebeu seu leitinho calado.
Ana e eu tivemos um enorme acesso de riso. Foi muito divertido!
Mas, para acabar com nossa graça, o pouso no moderno aeroporto de Funchal foi de meter medo.
O avião balançava em todos os sentidos: pra direita, pra esquerda, pra cima, pra baixo.
Dizem que é comum ali... Por causa dos ventos, picos, etc... Ai, ai!
Funchal, a capital da ilha, comemora nesse ano seus 500 anos de existência.
A cidade estava em festa!
Bem, nossa viagem, embora muitos não acreditem, tinha também um objetivo profissional. Aí está a prova: Ana Maria, apresentando seu texto "Viagem entre Brasil e Portugal".
A comunicação falava sobre a premiação do livro Viagem, de Cecília Meireles.
Manhã de 05 de agosto, num congresso da Associação Internacional de Lusitanistas.
E não foi só Ana quem compareceu às sessões do congresso. Meu pai e eu também estivemos por lá. A prova disso está no Jornal da Madeira, edição de 10/08/2008, que traz uma foto minha entre os presentes à cerimônia de abertura do congresso. Acreditem!
No mais, foi um vai-e-vem pelos picos e cidades da ilha, por estreitas boas estradas em zig-zag, coalhadas de túneis modernos - mais de 150, dizem! -, alguns deles medindo mais de 2 km.
E a cada parada um mirante, uma cidadezinha perdida, um pico.
Entre os mais altos que visitamos, estavam o Arieiro, com 1.810m e o Eira do Serrado. Altos de dar medo!A ilha é linda!
De dia, com flores por todo lado:

Ana se esbaldou fotografando-as.
Não é à toa que o presidente da Madeira, no posto há 30 anos, se chama Alberto João Jardim...E de noite... com suas luzes de presépio. Prato cheio para as lentes de Ana, também:
E o mar azul, lindo no horizonte.
Numa das manhãs partimos com o barco Santa Maria - uma réplica do navio de Cristóvão Colombo - para um passeio pela costa do Funchal. Fomos até o Cabo Girão, com uma passadinha por um reduto de golfinhos, que nos receberam alegremente. Mas nossos amiguinhos foram logo esquecidos, com a aparição de uma baleia, que emergiu com seu corpo cinzento, soprando água pra todo lado. Diz o manual que nossos marinheiros traziam, que um animal adulto daquela raça pode chegar a 20 m de comprimento e pesar 80.000 kg. Uau! Vimos só um pedacinho dela... A foto que Ana conseguiu está aí, sobreposta à folha do dito manual, que Ana também fotografou:
Num outro passeio, voltamos ao Cabo Girão, por terra. E lá de cima pudemos ver o Santa Maria em seu passeio vespertino, perdido no azul das águas.

Estávamos voltando de um giro pela parte noroeste da ilha. Vínhamos de molhar nossos pezinhos nas piscinas de Porto Moniz:
Aliás, entre um passeio e outro, chegamos a dar quase que a volta toda na ilha. Vejam:Num dos passeios, fomos pelo centro da ilha até Santana, a nordeste, e voltamos pela costa.
No outro dia, fomos também pelo centro até Porto Moniz, passando por São Vicente, e voltamos passando por Paúl da Serra e Ponta do Sol. Só faltou explorar, mesmo, o bico mais ocidental da ilha.
Uma das características locais é um sistema de irrigação, chamado de levadas. São canais que retalham a ilha levando a água da parte norte - mais úmida - para o sul - mais seco.
Ao lado das levadas há sempre um caminho. Vimos várias e caminhamos ao lado de uma delas, entre Morro do Pico e Queimadas.
Bem do centro de Funchal, parte um teleférico - mais um!!!! - que sobe a 550m de altitude, até próximo da Igreja de N. S. do Monte.
Fomos!
Para os que não querem descer com o mesmo teleférico pelo qual subiram, há uma alternativa. Mais aventureira e tão arriscada quanto... São carrinhos de vime que descem escorregando ladeira abaixo. Vejam:
Vimos, filmamos, fotografamos, mas não nos arriscamos...
Comemos bem na ilha.
E não deixamos de experimentar a espetada de carne, prato típico do lugar, que não foi assim tão típico, pois a carne vinha espetada em espetos de metal, no lugar de espetos feitos com os galhos do loureiro, como manda a tradição madeirense. Modernidades!
Modernidade também é o sinal de internet sem fio disponível em vários locais públicos da cidade. É só sentar num banco da praça e acessar. Usamos e aprovamos!
O dia da partida começou cedo. Às 4h15 um táxi nos pegou no Hotel do Carmo e nos levou de volta ao aeroporto. O vôo saiu às 6 da manhã.
Chegamos cedo a Lisboa... e tínhamos o dia todo pela frente. Nosso vôo para o Brasil sairia às 8 da noite. Descansamos no Residencial Beira Minho - nossa casa em Lisboa. Almoçamos nas Portas de Santo Antão, tomamos um café na Brasileira, ao lado da estátua de Pessoa, e outro na Namur, com Maria Teresa Horta. Pegamos nossa mala extra que havia ficado guardada no Hotel Alif desde antes de nossa ida para a Madeira e rumamos para o aeroporto lisboeta.
No balcão da Ibéria, uma surpresa: meu nome não constava na lista de passageiros.
Problemas informáticos, disseram, depois de algum tempo e muitos telefonemas.
E chegaram até a me "ameaçar" com uma viagem na primeira classe... Mas a "ameaça" não se cumpriu e viajei na velha e boa classe turística, mesmo.
O vôo saiu atrasado e, com isso, a conexão em Madri foi apressada.
Com essas e mais aquelas, algumas malas ficaram para trás.
A de Ana estava entre elas. Soubemos da notícia assim que chegamos a Guarulhos.
Fazer o quê? Esperar a entrega, prometida para o dia seguinte pela manhã.
Chegou só à noite...
E assim, terminamos nosso périplo de 33 dias por terras européias.
As histórias foram contadas aqui. Algumas no calor da hora. Outras, depois.
As fotos, foram colocadas nos álbuns ainda durante a viagem. Estão aí:
Europa 2008
Europa 2008
Outras, colocadas no ar já em casa, também estão aí:

E fico ainda devendo um relato sobre o show de Chico César em Roma e outro sobre a Parada Gay no Porto.
Vou cumprir!
Volte dentro de alguns dias pra ler mais essas histórias.

sábado, agosto 16, 2008

DE VOLTA ÀS TERRAS PORTUGUESAS

Era manhã de quarta feira, 30 de julho, quando chegamos à estação Santa Apolônia, em Lisboa.
Enquanto esperávamos a liberação dos quartos no Hotel Alif, fomos até a Estação Rodoviária Sete Rios para comprar a passagem Lisboa-Sevilha que meu pai usaria na semana seguinte.
Ao chegar, um susto: desapareceram uns 200 euros que meu pai levava consigo. Como? Ninguém sabe, ninguém viu. Talvez no metrô apinhado de gente que nos levou até lá.
Hora do almoço. Lá fomos nós até o Cais do Sodré para pegar um ferry que nos levaria até Cacilhas, do outro lado do Tejo.
Uma pequena caminhada pela margem deserta do rio e chegamos ao destino: o restaurante Atira-te ao rio.
Ali a comida não é o pricipal atrativo. O que vale mesmo é a vista que se tem de Lisboa, do rio e da Ponte 25 de Abril.E já que o assunto é comer em Lisboa, aproveito pra contar dos outros lugares conhecidos e novos onde estivemos na capital portuguesa.
Voltamos ao Restaurante Maio e ao Café A Brasileira, no bairro alto.
Comemos nas mesas de rua das Portas de Santo Antão, no centro velho.
Revisitamos o Restaurante Rio Coura, perto da Sé lisboeta, lugar simples e gostoso que descobríramos numa viagem anterior.
Com Maria Teresa Horta, poetisa portuguesa e nossa amiga querida, conhecemos o restaurante Tia Matilde e o Café Namur, ambos nas imediações do Campo Pequeno.
E, em grande estilo, almoçamos na Cozinha Velha do Palácio de Queluz, também com Maria Teresa e Luís, seu marido.
E mais, no centro da cidade, lugar mais tradicional que conhecemos, tomamos uma Ginjinha.
A Ginjinha é um licor feito com ginja, fruta parecida com uma cereja. A tradição manda que se tome a Ginginha com elas, ou seja, com algumas frutinhas dentro do copo. Não contrariamos a tradição, claro!
Para alimentar o espírito, fomos ao Museu Calouste Gulbenkian, acompanhadas de Maria Teresa. E visitamos sua casa.
Andamos pelas cidade: livrarias, lojas, praças, metrô, ônibus, shopping, cybercafé, mirantes e bairro da Alfama, com suas ruelas estreitas.
Na sexta-feira, 1º de agosto, alugamos um carro e demos uma escapada a Tomar, Batalha, Alcobaça e Óbidos, nossas velhas conhecidas, que queríamos rever. Foram centenas de quilômetros de andanças pelas estradas portuguesas.À beira de Batalha, almoçamos num restaurante agradável, participante da Rota Gastronômica Serrana, o Esplanada do Alto do Reguengo, na freguesia de Reguengo do Fetal.
E em Batalha, voltamos à Pastelaria Oliveira, nosso conhecido de outra feita, quando tomamos um lanche e trouxemos um pratinho do local, como recordação. É claro que isso não foi considerado um roubo, já que Ana Maria, sendo Oliveira, é co-proprietária do empreendimento...

Chegamos a Óbidos já no final da tarde, justo a tempo de percorrer sua rua principal, entrar em todas a lojinhas, fotografar as belezas do lugar e sentar para saborear uma ginginha típica do lugar.
De Lisboa, partimos, no domingo, para a Ilha da Madeira, última etapa de nosso caminho europeu nesse verão de 2008.
Ao longo da viagem, fomos acumulando fotos em dois álbuns virtuais, um de Ana e outro meu. Elas estão aí, com fotos de todo o nosso percurso:
Europa 2008
Europa 2008
Já em casa, fiz uma nova seleção, com mais algumas fotos. Estão também no ar:

quinta-feira, agosto 14, 2008

CAMINHO DE SANTIAGO - FINAL

Exceto raras excessões, comíamos o menu do peregrino nas cidades por onde passávamos. Isso constava de uma entrada, um prato principal, sobremesa, pão e bebida.
Para beber, podíamos escolher entre vinho e água. Esteves sempre tomava água. Eu sempre escolhia vinho. E como éramos só os dois, ele recebia uma garrafa de água inteira e eu uma de vinho. Dá pra imaginar o quanto bebi nesse período?
As piores partes do caminho para mim eram as subidas. E houve muitas. Geralmente Esteves chegava ao alto dos morros bem antes de mim. Descansava enquanto me esperava. Quando eu chegava, já estava disposto continuar a caminhada... (risos)
Ele precisou de paciência para agüentar meu ritmo!
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Naquele sábado, 14 de agosto de 1998, saímos da cama muito cedo, bem antes do nascer do sol e nos pusemos a caminho.
De Arca até Santiago de Compostela tínhamos que vencer 18 km. Eles foram feitos em 5 horas.
Caminhamos pelas ruas e calçadas de San Antón, Amenal, San Paio, Lavacolla, Vilamaior e San Marcos.
Passamos pelo Monte do Gozo, último albergue para peregrinos do Caminho, e demos graças a Deus por ter decidido parar em Arca: o Monte do Gozo não nos pareceu nada acolhedor.
Essa foi a primeira visão que tivemos de Santiago.
Ainda na periferia da cidade, paramos num bar para nos prepararmos para a entrada triunfal na Praça do Obradoiro.
Pusemos roupas limpas e continuamos a caminhada até a frente da Catedral.
Reencontramos amigos feitos pelo caminho e ficamos ali, olhando para aquelas torres milenares.
Pouco tempo depois começou a missa dos peregrinos, com direito a botafumeiro e tudo!
Confesso que o tal botafumeiro me decepcionou um pouco.
Eu esperava um objeto imenso... Coisa da minha cabeça!
Mas é bem bonita a cerimônia.
Essas imagens dirão mais que palavras. Veja, só não vai dar pra sentir o cheirinho do incenso!
Mais tarde, fomos em busca da nossa Compostela: uma espécie de certificado de que tínhamos caminhado mesmo por todos aqueles 763 km, durante 222 horas e meia, passando por 220 cidades, em 31 dias.
Depois, já acomodados num quarto alugado na casa de Dona Rosalía, saímos para explorar a cidade. Em cada canto encvontrávamos alguém que já tínhamos visto pelo caminho.
Ficamos em Santiago até o dia seguinte, quando pegamos um trem noturno de volta a Madri. E de lá seguimos para outros caminhos... de carro!
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Termino estes relatos com parte da mensagem que fecha o álbum sobre o Caminho com o qual Esteves me presenteou em 2000:

"O Caminho de Santiago é uma imagem da vida.Caminhar é viver feliz, diz o velho refrão. Tudo o que ocorre nestes dias de caminhada é o que pode acontecer durante a trajetória da vida das pessoas. Assim, companheiro é aquele que comparte mais que o pão, o caminho."

domingo, agosto 10, 2008

SIGÜENZA: UMA CIDADE MEDIEVAL

A idéia de ir a Sigüenza surgiu ainda em São Paulo, quando, consultando horários dos trens espanhóis, dei com um pacote oferecido pela própria companhia férrea: era o Trem Medieval, que prometia um dia inesquecível na tal cidade, visitando todos os pontos turísticos.
Uma pesquisa mais aprofundada revelou que durante o mês de julho o pacote não estava disponível.
Pensamos, então, em fazer o passeio por conta própria.
E fomos.
Com a bagagem seguramente depositada no bagageiro da estação Chamartín, tomamos o trem para Sigüenza.
Já na partida, uma surpresa: Maria Jesus, Maria Teresa e Dolores, três espanholas, companheiras de viagem de meu pai pelas terras do Reino Unido, sentaram-se bem ao nosso lado, como se tivéssemos marcado um encontro no trem para Sigüenza.
Quase duas horas depois, desembarcávamos na pequena estação da cidade medieval.
E foi ali mesmo que vimos a primeira imagem do Doncel: o jovem comendador Martín Vázquez de Arce, guerreiro que lutou em Granada contra os mouros e teve seu túmulo adornado por uma imagem incomum. Enquanto todos os mortos são representados deitados, com as mãos cruzadas, o nosso Doncel aparece recostado, lendo.
Caminhando pela cidade, chegamos à Catedral-Fortaleza justo a tempo de participar de uma visita guiada à capela do Doncel, outras capelas tumulares, Sacristia de Las Cabezas - cujo teto é todo ornamentado com cabeças - e claustro.
Hora de almoçar. Grande parte dos restaurantes da cidade estava fechada. Férias de verão!
Acabamos almoçando num restaurante no interior da Casa do Doncel, restaurada e mantida pela universidade.
Seguindo a caminhada, fomos ter a um castelo hoje transformado em Parador - hotel de luxo.
Visitamos a Praça de Armas desse antigo castelo e iniciamos o caminho de volta à estação.
Desviamos ligeiramente para dar uma passadinha na Igreja de Nossa Senhora dos Huertos e convento das clarissas, onde compramos trufas e bolachinhas preparadas pelas freiras. Boas!
Curiosa era a forma como se realizava essa compra: tudo se dava através de uma roda.
Tocando uma campainha, uma voz respondia:
- Louvada seja a Virgem Maria Puríssima! O que deseja?
Fazia-se o pedido e a freira colocava o produto na roda.
O dinheiro para o pagamento era colocado também ali. E o troco vinha também pela roda.
Voltamos para Madri também em companhia das três espanholas.
Em Madri, aproveitamos o tempo que nos restava até a hora da partida do trem hotel para recuperar a bagagem e tomar um lanche na sala vip da estação., reservada apenas aos que viajavam em classe preferente nos trens hotéis da RENFE.
Tão logo o Lusitânia adentrou a plataforma, tratamos de embarcar e nos acomodar em nossas pequenas cabines.
A viagem seria longa, mais ou menos 9 horas.
Depois de um passeio pelo trem, nos deitamos para uma noite de sono sobre os trilhos.
Na manhã seguinte, tomamos o café da manhã no vagão-restaurante do trem e, sentados em nossa cabine já devidamente transformadas em sala de visitas - as camas viravam sofás -, aguardamos a chegada a Santa Apolônia, estação central de Lisboa.
As fotos estão aí:

Europa 2008
Europa 2008