domingo, agosto 03, 2008

CAMINHO DE SANTIAGO - PARTE 5

3 de agosto, vigésimo dia de caminhada.
Nosso destino Hospital de Órbigo. Andamos 32 km em 8 horas.
Pelo caminho passamos por Fresno del Camino, Oncina de Valdeoncina, Chozas de Abejo, Villar de Mazarife, Villavante e Puente de Órbigo.
Olha aí, que lindinhos nós dois no pátio do albergue de Hospital de Órbigo:
Foi para Santa Catalina de Somoza que rumamos no nosso vigésimo primeiro dia de andanças.
Depois de passar por Villares de Órbigo, Santibanez e San Justo de la Vega, chegamos a Astorga. Cidade grande, Astorga nos mostrou sua bela catedral e o palácio episcopal concebido por Gaudí, em cuja torre habitava uma família cegonha.
Depois de explorar a cidade, seguimos por Valdeviejas e Murias de Rechivaldo, completando em 6 horas os 25 km desse dia.
Chegamos a Santa Catalina de Somoza ainda a tempo de testemunhar um lindo pôr-de-sol.
Na manhã seguinte, ao sair de Santa Catalina, perdi meu chapéu verde-amarelo em algum lugar... e segui a caminhada sem ele.
No trajeto desse dia estavam El Ganso e Rabanal del Camino. Logo depois a temida Foncebadón, que Paulo Coelho descrevia como um povoado cheio de perigosos cães que costumavam atacar os peregrinos. Pois passamos pelas ruínas de Foncebadón sem um único latido...

Mais adiante, chegamos à famosa Cruz de Ferro, fincada na montanha de pedras levadas pelos peregrinos.
Diz a lenda que cada peregrino deve carregar de sua terra natal uma pedra e depositá-la ali, ao pé da Cruz de Ferro acompanhada de um pedido.
Eu levei a minha, pequena.
Esteves carregou uma maiorzinha, oriunda de uma viagem anterior a São Tomé das Letras.
Olha ela aí do lado...
Meu pedido?
Já não me lembro mais.
O do Esteves?
Não sei. Quem sabe um dia, quando resolver publicar suas memórias do caminho , ele nos conte.
Passando por Manjarín comemos um sopão num albergue do caminho.
Seguimos para El Acebo e, por fim, Riego de Ambrós El Acebo, nosso destino nesse vigésimo segundo dia. Foram 31 km em 9 horas.
No dia seguinte, descemos por um caminho íngreme e tosco até chegar a Molinaseca. Dali fomos na direção de Campo e Ponferrada.
Bem na frente do Castelo dos Templários de Ponferrada, levei um belo tombo, com mochila nas costas e tudo. Acho que algum templário me empurrou... Ou será que tropecei?

Na seqüência, passamos por Camponaraya e chegamos ao nosso destino desse nosso vigésimo terceiro dia: Cacabelos. Contabilizando: 26 km, 6 horas.O vigésimo quarto dia, passamos caminhando por 6 horas e meia os 26 km que nos separavam de Vega del Valcarce. Pelo caminho, percorremos as terras de Pieros, Villafranca del Bierzo, Pereje, Trabadelo, Portela e Ambasmestas.
E assim, chegamos à Galícia, no vigésimo quinto dia de caminhada. Olha eu aí, com o rosto ainda marcado pela queda do dia anterior... Andamos pouco - 12 km em 3 horas - para chegar a outra das famosas cidades do Caminho de Santiago: O Cebrero.
Na andança, fomos deixando pra trás Ruitelán, Herrerías, La Faba e Laguna de Castilla.
O Cebrero está no alto das montanhas galegas.
Pequena e misteriosa, é uma cidadezinha encantadora, com a torre da Igreja de Santa Maria velando por sobre os telhados das casas de pedra.
Com tanta andança, nossa credencial já não tinha mais espaço para carimbos. Foi necessário acrescentar uma folha extra para que pudéssemos ter nossos sellos até o final da jornada.
Balanço parcial:
584 km
177 horas e meia


Clique AQUI para ler a sexta parte desse relato.

Um comentário:

  1. Essa foto é desse ano com o olho machucado ou é de 10 anos atrás?? Tá diferente. É mta caminhada, nossa!!!!
    Bjos
    Juliana

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