domingo, agosto 10, 2008

SIGÜENZA: UMA CIDADE MEDIEVAL

A idéia de ir a Sigüenza surgiu ainda em São Paulo, quando, consultando horários dos trens espanhóis, dei com um pacote oferecido pela própria companhia férrea: era o Trem Medieval, que prometia um dia inesquecível na tal cidade, visitando todos os pontos turísticos.
Uma pesquisa mais aprofundada revelou que durante o mês de julho o pacote não estava disponível.
Pensamos, então, em fazer o passeio por conta própria.
E fomos.
Com a bagagem seguramente depositada no bagageiro da estação Chamartín, tomamos o trem para Sigüenza.
Já na partida, uma surpresa: Maria Jesus, Maria Teresa e Dolores, três espanholas, companheiras de viagem de meu pai pelas terras do Reino Unido, sentaram-se bem ao nosso lado, como se tivéssemos marcado um encontro no trem para Sigüenza.
Quase duas horas depois, desembarcávamos na pequena estação da cidade medieval.
E foi ali mesmo que vimos a primeira imagem do Doncel: o jovem comendador Martín Vázquez de Arce, guerreiro que lutou em Granada contra os mouros e teve seu túmulo adornado por uma imagem incomum. Enquanto todos os mortos são representados deitados, com as mãos cruzadas, o nosso Doncel aparece recostado, lendo.
Caminhando pela cidade, chegamos à Catedral-Fortaleza justo a tempo de participar de uma visita guiada à capela do Doncel, outras capelas tumulares, Sacristia de Las Cabezas - cujo teto é todo ornamentado com cabeças - e claustro.
Hora de almoçar. Grande parte dos restaurantes da cidade estava fechada. Férias de verão!
Acabamos almoçando num restaurante no interior da Casa do Doncel, restaurada e mantida pela universidade.
Seguindo a caminhada, fomos ter a um castelo hoje transformado em Parador - hotel de luxo.
Visitamos a Praça de Armas desse antigo castelo e iniciamos o caminho de volta à estação.
Desviamos ligeiramente para dar uma passadinha na Igreja de Nossa Senhora dos Huertos e convento das clarissas, onde compramos trufas e bolachinhas preparadas pelas freiras. Boas!
Curiosa era a forma como se realizava essa compra: tudo se dava através de uma roda.
Tocando uma campainha, uma voz respondia:
- Louvada seja a Virgem Maria Puríssima! O que deseja?
Fazia-se o pedido e a freira colocava o produto na roda.
O dinheiro para o pagamento era colocado também ali. E o troco vinha também pela roda.
Voltamos para Madri também em companhia das três espanholas.
Em Madri, aproveitamos o tempo que nos restava até a hora da partida do trem hotel para recuperar a bagagem e tomar um lanche na sala vip da estação., reservada apenas aos que viajavam em classe preferente nos trens hotéis da RENFE.
Tão logo o Lusitânia adentrou a plataforma, tratamos de embarcar e nos acomodar em nossas pequenas cabines.
A viagem seria longa, mais ou menos 9 horas.
Depois de um passeio pelo trem, nos deitamos para uma noite de sono sobre os trilhos.
Na manhã seguinte, tomamos o café da manhã no vagão-restaurante do trem e, sentados em nossa cabine já devidamente transformadas em sala de visitas - as camas viravam sofás -, aguardamos a chegada a Santa Apolônia, estação central de Lisboa.
As fotos estão aí:

Europa 2008
Europa 2008

4 comentários:

  1. Chiquérrimas e sorridentes!

    Eta coisa boa!

    Parabéns, Meninas!

    beijo
    Miau

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  2. Mto legal o post, bem comprido, hein? Seu pai tem qtos anos? Legais as fotos, o restaurante.
    Bjos
    Juliana

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  3. Que legal sua viagem a esta cidade maravilhosa que conta muito pelos detalhes... estive lá por tres meses creio qu eos melhore sda minha vida e deixai por lá um grande amor. Quando fiz uma busca no google pelo nome singuenza é que cheguei ate sue blog. Pra mim foi inesquecivél .Creio que pra vc tbm!! ABraços Eveline

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  4. Nossa, acho q foi meu último comentário!!
    Estava enferrujada e atrasada, ufa, desde Agosto naum comento nada, eu q adoro escrever, credo.

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