sexta-feira, setembro 18, 2009

Ponto Móvel & O Marceneiro

Tudo começou em 2003...
Foi assim:
Quando me mudei para o Paraíso, lá pela segunda metade dos anos 70, trouxe da antiga kitchenette velhos guarda-roupas laqueados de branco. Troquei-os mais tarde por outros de madeira clara com portas pintadas de azul.
Em 2003, achei que merecia móveis feitos sob medida para melhor aproveitamento do meu pequeno espaço.
Mede daqui, mede dali, concebi um esquema do que eu julgava necessário para acomodar minhas roupas e outras coisinhas mais, inclusive minha coleção de bonecas vindas de todas as partes do mundo.
E saí em busca de uma empresa que convertesse meu tosco esquema em realidade.
Visitei muitos lugares. Procurei endereços na net, em revistas de decoração. Até que cheguei, através de uma dessas revistas, ao Ponto Móvel.
Show-room simples, perdido numa rua do bairro de Perdizes, o Ponto me agradou.
Carlos, projetista da empresa, fez alguns ajustes nos meus rabiscos, algumas sugestões interessantes e acabamos fechando negócio.
No tempo previsto, aqui estavam os montadores de O Marceneiro - empresa gêmea do Ponto Móvel.
Tudo foi montado de acordo com os planos. Alguns poucos detalhes de acabamento que não me agradaram foram sanados rapidamente.
O resultado foi muito bom. Muitíssimo melhor do que se pode ver nessa foto prejudicada pelo pouco espaço do quarto...

Mas eu ainda tinha outros planos para o apê do Paraíso.
E foi assim que em 2005, depois de pensar em mil soluções para substituir o armário-divisória entre a sala e o outro quarto, usado como escritório, decidi voltar ao Ponto Móvel com algumas idéias na cabeça.
Eu queria um balcão que dividisse os dois ambientes e que contivesse dentro de si uma cama para hóspedes.
Mais uma vez, Carlos deu forma às minhas ideias e acrescentou sugestões que me agradaram.
E assim, a sala e o escritório se integraram num único espaço, divididos por um balcão-cama e por duas prateleiras de vidro sustentadas por cabos de aço pendentes diretamente do teto. Um luxo!
Luxo que custou caro. Caríssimo!
Poucos dias depois, antes mesmo que eu tivesse tempo de colocar qualquer objeto sobre as tais prateleiras, acordamos de madrugada com um estrondo. As prateleiras haviam despencado, produzindo perigosíssimos cacos de vidro que teriam matado algum pobre hóspede que porventura estivesse dormindo placidamente na cama embutida no balcão.
Carlos do Ponto Móvel e Nelson d'O Marceneiro, vieram ver o desastre. E, numa concessão especial, decidiram recolocar as prateleiras usando vidro temperado. Outro luxo! Tudo por conta da empresa...
Mais luxuoso ainda foi o presentinho que Nelson nos trouxe no final da obra, pra compensar o susto: uma bandeja de doces sírios!
Nessa mesma ocasião, foram feitos também alguns armários para compor o escritório.
Passado o susto, armários e balcão funcionaram bem.
Tanto que agora, em maio de 2009, voltei a procurar o Ponto Móvel pra continuar as obras.
Dessa vez eu não tinha um desenho garatujado. Tinha apenas algumas idéias: queria uma bancada onde coubessem duas pessoas usando computador e laptop. E alguns armários e nichos para colocar periféricos e outros objetos.
Medidas tomadas, Carlos propôs uma reforma nos armários já existentes, os de 2005, integrando-os à bancada e aos novos armários.
O projeto me pareceu bom, embora bastante convencional. Aceitei, acho que mais por preguiça de sair catando outro profissional por aí.
Para a reforma dos móveis foi necessário, obviamente, tirar de dentro deles tudo o que já estava devidamente acomodado desde 2005. Um trabalhão!
E onde acodomodar toda essa tralha? No chão, na mesa da sala, no balcão, no quarto, na cozinha... Um transtorno, que tentei contornar passando o mês de julho em Assis.
Final de julho. Prazo de entrega vencendo. Voltei de Assis e logo depois lá vieram os montadores. E a cada peça montada um problema aparecia: um armário era maior do que o espaço que lhe era destinado, a bancada era muito frágil para o peso que precisaria suportar, a porta retrátil não era tão retrátil quanto o necessário, etc, etc, etc. E mais, a cor dos móveis novos não batia com a dos antigos e o acabamento geral estava deplorável.
Uma semana depois do início da montagem, todas as peças foram desmontadas e devolvidas à fábrica para acertar detalhes e acabamento.
Enquanto isso era feito, voltei a Assis para companhar Ana em sua cirurgia e convalescença.
Um mês depois, avisei a empresa que estaria de volta. Marcamos então a remontagem dos móveis para o dia 17 de setembro.
E desde ontem, então, aqui estão os montadores, lutando contra o tempo e contra as adversidades: muitos dos problemas iniciais não foram corrigidos.
Agora, querido leitor, você decide! Se quiser tentar a sorte procure a Ponto Móvel.
De repente você pode ser tão bem sucedido como eu fui na oportunidade dos armários do quarto...
Ou pode ser que você goste de doces sírios e fique feliz em ser consolado com uma bandejinha deles.
Mas saiba que corre o risco de ter suas coisas esparramadas pela casa durante dois meses e ainda receber um tampo como esse:

8 comentários:

  1. céus! inicialmente pensei que era uma garota propaganda do Ponto Móvel... mas depois! Aff!!

    meus pêsames!!
    Beijocas!!

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  2. Aque serviços desse tipo sempre trazem surpresas, agradáveis e desagradáveis. Também já tive essa experiência: contratei uma primeira vez e foi ótimo, na segunda , nem tanto... mas, ufa! acabou.

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  3. Acho que eu faço um tampo melhor do que esse!! Que capricho, hein? Fiquei também impressionada com o caso das prateleiras assassinas que viraram doce. Pena que não existe o Conselho Federal de Marcenaria porque esse pessoal ia perder a licença.

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  4. Oi Cacá, 'O Ponto Móvel' irá encontrar o ponto certo. Fora os transtornos, os resultados ficarão bons.

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  5. porque toda reforma tem seus percausos? No meu apê eu mesmo montei meu closet. precisaria
    mandar fazer por um profissional!!quase pensei que fosse o Ponto Móvel! mas já vi que não será!!
    E corajem para enfrentar essa reforma closetiana?!
    Acho que vai ficar como está!!
    bejin bejin
    joão

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  6. Carmem, querida,


    Acabei de te conhecer por este post mas queria muito te abraçar neste momento. Estava furiosa, espumando de raiva, pensando em alguma forma de extravasar o mal estar que a Ponto Móvel tem nos proporcionado, a mim e ao meu marido, quando o Google me guiou até seu blog.

    Conheci sim o Carlos César, pessoa indiferente à atitude ou responsabilidade e, pelo visto, você deve ter escapado de conhecer o Ricardo Giopato que, ao contrário do Carlos, tem muita atitude sim: de colocar a culpa em tudo e em todos, menos nos materiais de qualidade duvidosa ou na falta de profissionalismo e respeito com o cliente.

    Fechamos um rack e dois criados mudos em imbuia e dois painéis de parede em laca em abril deste ano e, hoje, 7 meses depois, ainda estamos implorando a entrega de algumas peças. Pelo visto, a única pontualidade que eles têm é na cobrança, porque já perdi a conta dos dias e horas que ficamos plantados esperando o trabalho acontecer. Hoje mesmo, só descobrimos que eles não viriam executar o trabalho porque eu liguei lá para saber o porquê do atraso e o Ricardo diz que hoje ele não viria... e que, claro, estava para me ligar "daqui a pouquinho" quando recebeu meu telefonema. Ainda bem que no site eles garantem o cumprimento dos prazos, não é mesmo?

    Sem falar na mão de obra desqualificada e nos móveis de material precários que oferecem. TODAS as peças de imbua estão rachando, com menos de 6 meses de instalação, acredita? Ricardo: "em 20 anos trabalhando com marcenaria, é a primeira vez que isso acontece". Ahan. Sei. Aí, vão tentar consertar os problemas e acabam danificando outros itens como o piso e as paredes, gerando transtornos e obras infinitas no apartamento.

    Queria ter lido o seu post antes de fechar contrato com uma empresa que nos traz tanto desgosto, quando poderia ter móveis de qualidade muito superior e com mais agilidade se fechasse com um marceneiro de bairro, como alguns conhecidos fizeram e que agora podem assistir televisão num rack e não em cima de um arquivo como estamos fazendo há algumas semanas.


    Um abraço solidário,
    Cris

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  7. Pois é, Cris. Acho que tive sorte de não conhecer o Ricardo... O Carlos já foi dose cavalar pra minha paciência.
    Meus móveis, os últimos, estão cada dia mais feios. O acabamento é de péssima qualidade e qualquer coisinha deixa uma marca. Fazer o quê? Um dia eu troco tudo, mas quero passar longe do Ponto Móvel, O Marceneiro, Carlos & Cia.,que não sabem respeitar seus clientes.
    Pena que você também caiu nesse conto...
    Fico torcendo pros seus móveis ficarem prontos o mais rápido possível e para que você possa usá-los por algum tempo, ao menos pra compensar o sofrimento e o $ gasto.
    Um abraço!

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  8. Os vidros temperados só vieram depois, para substituir os primeiros, que eram comuns e caíram na madrugada produzindo os estilhaços que se vê na foto, que, claro, é real.

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