sábado, julho 31, 2010

Entre as montanhas das Minas Gerais

Unindo o agradável ao mais agradável ainda, fomos passar um fim de semana desse julho sem férias em Mariana.
O esquema foi o de sempre: voo até Confins, carro alugado, peregrinação pelas estradas e anel viário da capital mineira até chegar às montanhas.
No caminho, uma paradinha pra descansar, trocar de motorista - eu detesto dirigir em estradas com muitas curvas - e conhecer o Jeca Tatu, um boteco pra lá de interessante às margens da BR 356.
Imaginem um lugar abarrotado de antiguidades, capitaneadas por quantidades industriais de discos de vinil e mais um pãozinhno queijo, um pastel de angu, um cafezinho... Bom!
A Pousada da Serrinha, escolhida entre o que estava disponível - era tempo de Festival de Inverno na região - e reservada com antecedência, mostrou-se agradável. Quarto de bom tamanho, banheiro bom com chuveiro quentinho, um barulhinho de água no fundo do quintal, uma ameixeira na janela, café da manhã bonzinho, wi-fi grátis e atendimento simpático.
À noite, em Mariana, show de Chico César, um dos motivos para a escolha desse destino.
O show foi muito bom, apesar da rouquidão do artista. Fica aí um pedacinho pra quem quiser conferir: Folia de Príncipe, música que ele compôs nos anos 90 quando passou uma temporada na região e fez show no Teatro Municipal de Ouro Preto.
Dia seguinte, pé na estrada até Itabirito, pra conhecer a Mercearia Paraopeba. Fomos lá e conferimos tim tim por tim tim cada canto do estabelecimento do Seu José Augusto, apelidado de Seu Juca, e do Roninho. Compramos um monte de coisinhas, comemos, tomamos uma cachacinha, tiramos fotos. A casa estava cheia. Uma festa!

O final do sábado foi em Ouro Preto, com esse lindo pôr de sol fotografado do pátio da Igreja de N.S. do Carmo.
No domingo, um programa já conhecido: concerto de órgão na Sé de Mariana.
Os ingressos custam 15, 22 ou 30 reais, dependendo do seu interesse em colaborar mais - ou menos - com o projeto. É preciso chegar um pouquinho antes.
No programa daquele domingo, G. Böhm, G. P. Cima, F. Veracini, B. Storace, Albinoni e Walther, executados por Josinéia Godinho no belo órgão Arp Schnitger e no cravo e por André Cavazotti no violino.
À tarde, uma visitinha à cachoeira do Brumado, num distrito a 17km de Mariana, que tem o nome de Cachoeira do Brumado. Lugar lindo, degradado pela "criatividade" humana. Vejam só! Pra sorte de vocês, foto não tem som...
E o domingo terminou com uma bela lua cheia visível da janela do nosso quarto. Precisava mais?
Precisar não precisava, mas tem uma coisinha que ainda pega pra nós nessa região: a comida.
É claro que há bons restaurantes e lugarzinhos gostosos pra um café ou um lanchinho por ali. Mas ainda não descobrimos aquele - ou aqueles - que fazem a nossa cabeça... ou o nosso estômago. Numa próxima viagem, quero estudar isso antes de ir. E tô aceitando sugestões.
As fotos que ilustram esse post são de Ana Maria.
Há outras, minhas, nesse albunzinho.

***
PS1. Acabo de ler no De tudo vai rolar, um relato com fotos e filme do show de Chico em Mariana.

PS2. Ana fez um álbum com suas belas fotos da viagem. Está aqui!

PS3. Ana escreveu dois posts sobre a viagem no seu Psiulândia:

domingo, julho 25, 2010

Pra poder visitar os Estados Unidos

Meu primeiro - e único - visto americano foi tirado em 1996. Tinha validade de 10 anos. Assim, desde 2006 estive teoricamente impedida de entrar na terra de Tio Sam.
O visto antigo era do tempo em que um bom despachante resolvia tudo.
De lá pra cá, as torres cairam, o império balançou e muita coisa mudou de figura, inclusive a forma de concessão de vistos. Agora, para obter o selinho mágico, o vistando tem que mostrar sua carinha e seus 10 dedinhos, em carne, osso e unhas, no consulado.
E a façanha tem lá as suas regras... E quantas!
Pra começar, o candidato ao visto tem que entrar no site do consulado preencher um longo questionário, agendar uma entrevista e inteirar-se de todas as regras do jogo. E para ter acesso a isso tudo, há que pagar uma pequena taxa.
No dia 15 de junho, enquanto o Brasil estreava na Copa da África do Sul, me dediquei a essas preliminares. Preenchi o questionário, perdi tudo. Preenchi de novo. Perdi... Tem um tempo pra fazer isso. Preenchi de novo, salvei e consegui terminar a tempo de ver o final do 2º tempo do jogo Brasil 2 x Coreia do Norte 1.
A entrevista foi agendada para o dia 22 de julho, mais de um mês depois...
Nesse meio tempo, havia que pagar a taxa do visto. Tudo explicadinho no site. Tem que pagar no Citibank, levando o passaporte. Paguei!
E fui juntando num envelopão tudo o que poderia ser útil para o dia da entrevista.
Na véspera do dia D, voltei aos papéis. Reli tudo! Nada de eletrônicos no consulado... Hã, hã.
Tirei todos da bolsa: agenda eletrônica, mp3 player, máquina fotográfica, celular. Por via das dúvidas, tirei também meu canivetinho suiço do chaveiro de casa. Sorte! Ele também teria me impedido de entrar no recinto! Ou melhor teria me obrigado a utilizar algum dos muitos guarda-volumes que há nos arredores do consulado, que, pela módica quantia de 5 reais, guardam tudo aquilo que você levou e não deveria ter levado...
O consulado avisa que não tem estacionamento para os usuários e desaconselha que se deixe o carro nas imediações. Assim, decidi ir de ônibus.
Saí cedinho de casa, obedecendo à regra de chegar 30 minutos antes do horário agendado: 8 horas, no meu caso. Acabei chegando bem antes... Por volta das 7.
Pelo caminho ia pensando em como usar o tempo que eu teria antes de que os portões se abrissem. Sim, porque eu imaginava que 8 horas fosse o primeiro horário. Desse modo, o atendimento deveria começar às 7h30.
Que nada! Cheguei e já vi logo a primeira das muitas filas que me aguardavam para aquela manhã. Na calçada. Dali se entrava para o consulado, não sem antes mostrar à segurança todo o conteúdo da bolsa. E mais fila, agora já dentro dos muros do consulado, ao redor de providenciais mesas de concreto onde se podia apoiar as pastas de documentos para localizar o que os funcionários iam pedindo ao longo da fila: agendamento, comprovante de pagamento da taxa, fotografia, passaporte...
E assim, distraidamente, se chega à esteira onde a bagagem e o vistandos são escaneados.
Seguindo faixas coloridas no chão, o pessoal é encaminhado a outras filas e guichês. Senha. Tomada de impressões digitais de todos os dedos. Fila de espera com todo mundo sentadinho e levantando a cada movimento até chegar à janelinha da entrevista. A entrevista, propriamente dita. O visto concedido! No meu caso, a conversa foi rapidinha. Poucas perguntas e nenhuma exigência.
Por fim, mais uma filazinha, a última, no posto dos correios, para mais uma taxa - de 20 reais! - para a devolução do passaporte com o Oscar... ops, o visto.
O processo todo durou cerca de 3 horas.
É isso, cada país, cidade, casa, pessoa, tem suas "regras"... Conviver com eles é uma opção. Quem aceita, tem que se submeter.
Eu aceitei!

quarta-feira, julho 21, 2010

Entrevista de gente que encanta

Chico César é assim, gente que encanta!
Quando canta, quando escreve e quando fala...
Um dia desses, passeando pelo site do
Instituto Cultural Casa do Béradêro do qual já falei aqui, li uma bela entrevista
que o moço deu à assessora de comunicação do projeto, onde conta um pouco da história do instituto, analisa sua trajetória e fala de suas expectativas para o futuro do Béradêro.
Copio aqui o diálogo que me encantou:

Entrevista de Chico César sobre o Projeto Gente que Encanta
10/08/2009

Assessora de Comunicação Gente que Encanta - Conheço um pouco da história do começo do Instituto Casa do Béradêro e de sua relação com Catolé do Rocha e com a irmã Iracy. Mesmo assim, gostaria de saber quais questões subjetivas e objetivas lhe motivaram a investir na implantação da ONG?

Chico Cesar - Há cerca de 10 anos Irmã Iracy, minha professora de música, encabeçava e levava sozinha o Projeto Gente que Encanta. Eu havia conseguido projeção nacional e internacional com meu trabalho musical. E eu já conhecia o projeto Bate-Lata de Campinas (SP), tendo inclusive estabelecido algumas colaborações com eles, e também o pessoal da Orquestra dos Meninos de São Caetano. Inspirado nessas experiências, senti que poderia dar visibilidade, apoiar financeiramente o projeto de Irmã Iracy pelo menos nos primeiros passos, ajudá-la a conceituar. Logo de imediato, ao saber de nossas intenções e do trabalho que já vínhamos desenvolvendo, um renomado médico da cidade chamado dr. Antônio Benjamim me procurou para oferecer o prédio que viria a se tornar nossa sede. Esse foi um momento muito importante para nós pois o edifício necessitava um reforma radical e nos unimos em torno dela, trazendo novos colabores com a arquiteta Cristina Evelise. Paralelamente fomos conseguindo apoios como da Fundação Vitae, que aportou recursos para a aquisição do primeiro grande lote de instrumentos, de e também de franciscanos alemães. Professores da Galícia, na Espanha, tomaram conhecimento do nascente Instituto Béradêro e convidaram uma parte de nossa orquestra para que se apresentasse por lá e também em Portugal. Foi uma experiência gratificante para os que puderam ir pelo contato estabelecido com garotos de língua portuguesa com outros acentos, outras brincadeiras, outra musicalidade. Semelhante e divergente ao mesmo tempo. Depois da visita dos béradêros à Galícia, os professores galegos se cotizaram e também enviaram recursos. Nessa fase, até mais importante que os recursos foi a solidariedade, a visibilidade e a cumplicidade que o projeto foi ganhando.

Assessora de Comunicação Gente que Encanta - Qual sua avaliação da atuação da Casa do Béradêro durante esses quase 10 anos de trabalho na região?

Chico Cesar - Crescemos. Muitos alunos transformaram-se em monitores, em repassadores de conhecimento para os mais novos. Saímos do voluntarismo puro, simples e extemporâneo para ações não-remuneradas, mas encadeadas e conseqüentes.

Assessora de Comunicação Gente que Encanta - O desenvolvimento das atividades do Instituto também se deve a ajuda de voluntários. Parece-me que a população local também tem muito carinho pela ONG e tudo que ela representa. Como você vê a ação destes voluntários e qual a importância deles?

Chico Cesar - A colaboração local e a troca de experiência com grupos de cidades vizinhas como Pombal, Sousa e Cajazeiras tem sido de suma importância para o processo de amadurecimento do grupo. No início tivemos problemas de compreensão de nosso trabalho na cidade pois para muita gente se tratava do "coralzinho de Irmã Iracy" e depois da "escola de Chico César", como se não fosse algo de responsabilidade comunitária. Creio que ainda hoje há um certo equívoco no meio do empresariado local, no sentido de pertencimento. São poucos os que não se eximem de participar e colaborar. Por outro lado, entre os jovens de todas as classes sociais encontramos pessoas dispostas a colaborar, a estender os braços, a botar a mão na massa como se diz. Para se ter uma ideia, há uma verdadeira fraternidade do Instituto Béradêro com o Projeto Xique-xique estabelecido na zona rural da cidade de Catolé do Rocha.

Assessora de Comunicação Gente que Encanta - Gostaria de entender também qual tem sido seu envolvimento com a instituição ao longo dos anos?

Chico Cesar - Sou idealizador e fundador, fui seu presidente e também principal mantenedor por muitos anos. Vejo agora com alívio que o Instituto tem encontrado novos parceiros em diversas áreas, incluindo administração e pedagogia. É maravilhoso ver o pássaro criar asas e ensaiar seus próprios. Continuo como incentivador, sei que sou uma referência positiva para os jovens que procuram o Instituto. Pra onde vou, em minhas viagens pelo mundo inteiro, levo o nome do Béradêro como divulgador do projeto mas também em busca de novas parcerias e de experiências que possam trazer novas luzes pra gente.

Assessora de Comunicação Gente que Encanta Recentemente a Petrobras virou patrocinadora da Casa do Béradêro através do Projeto Gente que Encanta. Uma notícia que chegou mim é de que a abertura do curso de informática causou o maior tumulto entre a população local. Você acha que este aporte financeiro e institucional da Petrobras era o que faltava para o crescimento da ONG?

Chico Cesar A chegada da Petrobrás, pelo vulto dos recursos e a possibilidade de organização que nos dá, é um salto. Mas, sem subestimar a importância desses recursos, não podemos esquecer que a Petrobrás é uma marca associada à ética nas ações sociais e uma empresa muito querida pelos brasileiros. Estarmos ligados a seu nome é extremamente positivo, nos avaliza perante a opinião e nos cria estofo para o estabelecimento de novas parcerias com empresas e instituições igualmente gabaritadas. A cidade vê a chegada da marca da Petrobrás com muita alegria e cumplicidade.

Assessora de Comunicação Gente que Encanta - Cursos como o de luteria, operador de áudio e os demais cursos de música como violino, violoncello, violão, etc. estão sendo ministrados com turmas maiores estes semestres e, pelo que consta, eles são os únicos daquela região do sertão. Você conseguiria descrever o impacto de um projeto como este naquela localidade?

Chico Cesar - Catolé do Rocha, desde os anos 50 funcionou como um polo cultural do sertão para os estados da Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará e mesmo Pernambuco por congregar vários estabelecimentos escolares importantes como o Colégio Normal Francisca Mendes, fundado por freiras alemãs fugidas da segunda grande guerra, o Colégio Técnico Dom Vital, fundado por padres capuchinhos, e ainda o Colégio Agrícola, depois fechado pela ditadura militar. Ficou conhecida como a "Cidade que lê". Imagino que a partir da instalação do Instituto Béradêro, ao lado de outras iniciativas como o Projeto Xiquexique, a cidade começa a resgatar sua vocação cultural. Os novos cursos trarão alunos de diversas regiões desses Estados e funcionarão como polo de atração e trocas de experiência. Creio que aí está algo que nem podemos ainda dimensionar os seus resultados.

Assessora de Comunicação Gente que Encanta - Parece até um clichê a pergunta, mas não vou poupá-lo dela, já que a acho importante. Qual o futuro que você espera e prevê para o Instituto?

Chico Cesar - Espero que o Instituto Béradêro, do mesmo modo como aboliu de cara o assistencialismo de suas metas e centrou na educação e sensibilização através da arte, dê um novo salto no sentido de criar consciência e viabilidade profissional para seus educandos. É importante que muitos dos que aprenderam com ele tornem-se de fato seus novos mestres e possam sobreviver do trabalho dentro da própria comunidade.

Dê um pulo lá no site do
Instituto Cultural Casa do Béradêro, além de encontrar a entrevista com fotos, você vai poder conhecer mais um pouco do que o instituto faz para complementar a educação dos jovens de Catolé do Rocha, na Paraíba.

segunda-feira, julho 19, 2010

Aventura sob a lua cheia

Minha agenda gentilmente me lembrou que há 13 anos eu estive em Baños Morales, no Chile.
Foi um momento mágico, desses que não se repetem, mesmo que se volte no dia seguinte ao mesmo lugar querendo reviver aquele bem-estar.
Conto como foi!
Veronica e eu estávamos hospedadas em casa de amigas chilenas, em La Reina, bairro distante uns 20km do centro de Santiago, quase no sopé da cordilheira.
Numa tarde de sábado, saímos com uma das anfitriãs - Teresa -, para um passeio. Assim, meio sem destino. E nos embrenhamos pelas montanhas do Cajón del Maipo.
A paisagem era deslumbrante. Montanhas nevadas, aqui e ali uma cachoeira despencava do alto. Casas, poucas, quase soterradas na neve do inverno chileno. E não se via viv'alma...
Relembrando algum passeio longínquo de sua infância, Teresa seguia em frente.
Caiu a noite e uma linda lua cheia brilhava no céu quando chegamos a uma piscina termal perdida entre as montanhas.
Em meio a toda aquela neve, a água da tal piscina era quentinha.
Segundo Teresa, estávamos em Baños Morales.
Tudo deserto!
Livres das roupas invernais, mergulhamos naquelas águas tépidas, sob a luz da lua. Aventura inesquecível!
Era tarde pra voltar pra Santiago.
Encontramos na região uma hostería acolhedora e nos hospedamos ali naquela noite.
No dia seguinte, Pamela, nossa outra anfitriã, ouviu nossas histórias com um sorriso triste de inveja.
Decidimos repetir a experiência naquele mesmo dia.
Voltamos à piscina morna e deserta sob a mesma lua cheia.
Nem preciso dizer que aquela magia do primeiro dia não se repetiu. Foi apenas mais um passeio agradável.
Nesses últimos 13 anos, nunca mais ouvi falar de Baños Morales. Distração minha, ou o lugar não está mesmo entre os pontos turísticos chilenos?
Hoje, numa busca rápida pela net encontrei algumas referências.
A que me lembrou mais aquela aventura foi essa, com fotos da "nossa" piscina perdida entre as montanhas nevadas do Chile.

domingo, julho 11, 2010

Ventuno: nota -9

Há menos de três meses comprei um carro novo. Postei aqui e há de ter quem se lembre disso...
Fazia muitos anos que eu não comprava carro zero km. E o último não foi comprado diretamente de uma concessionária. Então, não tinha nenhuma prática no assunto.
Fui assediada com muitas e muitas ofertas de acessórios e serviços para o carro novo. E cedi a muitas delas. Aceitei, por exemplo, a colocação do insulfilm que fazia parte de um kit com as borrachas protetoras da lateral do carro e os tapetes. Ótimo!
O insulfilm ficou bom, mas as borrachas protetoras não estavam muito bem coladas à lataria. Deixei pra lá. Um dia, quando eu levasse o carro pra revisão, pediria pra corrigir a coisa.
Mas, quis o destino que eu voltasse à concessionária muito antes do momento da revisão. E o motivo disso também já foi contado aqui: riscaram toda a lateral do carro numa tarde de segunda-feira.
O risco era enorme e fundo, precisava ser reparado. Minha primeira atitude foi levar o carro à Ventuno, onde eu o havia comprado, pra ver o que poderia ser feito.
Minha esperança estava numa tal de micropintura que, dizem, recupera muitos riscos em carros.
Bem, na Ventuno não me deram esperança: seria preciso pintar as três peças afetadas.
Inconformada, saí procurando profissionais de micropintura. Encontrei poucos e nenhuma perspectiva de sucesso.
Passei a visitar funileiros.
A unanimidade era: pintura nas três peças. E os orçamentos eram bem parecidos.
Bem,como eu não conhecia o serviço nenhum dos profissionais que visitei, achei que pintar por pintar, na concessionária o serviço poderia ser mais confiável.
Voltei, pois à Ventuno, formalizei o orçamento com um pequeno desconto e deixei o carro lá por 8 dias para o reparo. Eles estavam com muito serviço e não podiam ser mais rápidos...
No dia combinado, o carro estava pronto. Ponto pra Ventuno!
Fui correndo buscá-lo. Eu esperava encontrar meu carro quase zero km com cara de carro saído da concessionária. Qual o quê? Todas as partes pretas, internas e externas, do lado pintado, estavam manchadas de branco: vestígios da massa de polir. Menos 1 pra Ventuno. E a borracha de proteção lateral que eu havia pedido pra colar estava mal posicionada e mal colada. Menos 2 pra Ventuno. Pedi pra limpar e ajeitar a borracha. Esperei um pouco e recebi a proposta de trazer o carro novamente para a limpeza e/ou troca de algums partes manchadas e reposicionamento do friso protetor. Concordei. Ponto pra Ventuno!
No fim de semana, olhando melhor o serviço, notei uma "sombra" do risco numa das portas e no paralama. Menos 3 pra Ventuno. Fiquei chateadíssima, como se pode imaginar...
Voltei lá no dia combinado e denunciei mais esse problema, além de um grampo do revestimento interno da porta que estava à mostra também. Menos 4 pra Ventuno.
A recepcionista Simone me prometeu resolver todos os problemas em dois dias. E o carro lá ficou.
Quando liguei pra saber se estava pronto, Simone me disse que tinham trocado a borracha protetora porque aquela que estava no carro não era apropriada para o modelo. Ponto pra Ventuno. E disse isso com um ar de como você comprou um friso que não serve pro seu carro? Ora, mas se eu comprei o acessório na própria concessionária... Menos 5 pra Ventuno.
Fui buscar o carro. O novo friso era mesmo muito mais apropriado. Ponto pra Ventuno. As partes escuras do carro que antes estavam manchadas de branco estavam pretas à custa de alguma graxa que foi passada nelas e que manchou um pouco as partes mais claras que ficavam próximas. Menos 6 pra Ventuno. O grampo do revestimento interno da porta continuava aparente, ainda havia sinais de massa de polir em várias partes do carro e... ainda havia um leve sinal do risco que motivou todo esse movimento. Menos 7, 8 e 9 pra Ventuno.
Desanimada, mostrei todos os problemas a Simone e voltei pra casa com a promessa de que o responsável pela funilaria me ligaria, já que naquele momento ele não se encontrava na oficina.
Bem, até agora não recebi nenhum telefonema. Menos 10 pra Ventuno.
Mandei lavar o carro no lava rápido e algumas das marcas de polimento desapareceram, o que mostra que era fácil de tirar, era apenas uma questão de capricho! Menos 11 pra Ventuno.
Ontem, reparei nos tapetes do carro: os de trás não são apropriados para o carro, ficam meio mal posicionados. E um dos da frente tem um rasgo... Menos 12 e 13 pra Ventuno
Minha contabilidade aponta 9 pontos negativos pra Ventuno...
E agora?

sexta-feira, julho 09, 2010

Rio de Janeiro, lá vamos nós!


  • Preparando
Pois bem, ganhamos estadia e jantar. Restava marcar o dia da viagem e comprar as passagens.
Marcamos para o dia 2 de julho, sem consultar a tabela da Copa. Era dia de jogo do Brasil...
A Bruna Sion da Agência Ideal gentilmente fez a reserva do hotel e do jantar.
Para o transporte, encontrei uma pechincha na Webjet: R$109,00 cada trecho. Decidimos experimentar a companhia aérea.
O voo decolava de Guarulhos e aterrissava no Santos Dumont.

  • A caminho do Rio de Janeiro
Enquanto o Brasil se preparava pra entrar em campo, nós nos preparávamos pra embarcar.
Carro guardado no Circus Parking. Check-in feito. Aguardamos o horário de embarque na Sala Vip do Diners.
Voo no horário: 11h20. Ainda antes da partida, um gol do Brasil, informado por um passageiro desobediente que manteve seu equipamento eletrônico ligado um pouquinho além do permitido. Anunciou o gol e foi repreendido pela aeromoça, ainda sob as palmas dos demais passageiros.
Por pura distração, ficamos em assentos do lado esquerdo da aeronave, desatentas aos conselhos do @riqfreire e dessa vez perdemos o show da paisagem.

  • Chegando
Nosso prêmio teve um extra: um encontro com @riqfreire e Nick arrobaless ainda no aeroporto.
Foi desembarcar - viajando só com bagagem de mão - e sair procurando por ele "quilão do Santos Dumão", como ele informou pelo Twitter.
O Brasil já perdia por 2 x 1 e todos estavam nervosos, incluindo nosso desempacotador profissional!
Depois, ônibus executivo até o Rio Othon Palace, em Copacabana.
Na orla, hordas de torcedores de verde-amarelo voltando cabisbaixos pra casa, uma cena curiosa de se ver...

  • Começando
A recepção no Rio Othon Palace foi maravilhosa. A concierge nos destinou um apartamento lateral em andar alto - 24º - com vista para o Pão de Açúcar. Nos deu as boas-vindas e nos colocou na par de tudo o que o hotel oferecia e de tudo o que a nossa "cortesia" incluia: duas noites & café da manhã.

  • Apartamento 2404
Era esse o nosso apê no Rio Othon Palace. Confortável, amplo e com uma vista de tirar o fôlego. Toda a praia de Copacabana, emoldurada pelo Pão de Açúcar estava aos nossos pés, ou melhor,
aos nossos olhos!
No interior, tudo perfeitinho: banheiro bom, com amenities interessantes e chuveiro maravilhoso. Lençóis e toalhas bem honestos. Dois enormes espelhos. Muitos e muitos cabides no roupeiro. Lixo debaixo da escrivaninha... (acho isso super-civilizado!). E um sofazinho giratório e balouçante...
Só faltou internet wi-fi grátis. O hotel cobrava 30 reais por 24 horas de acesso à internet, para cada usuário. Muito, né? Ainda mais pra quem é adepta da campanha "Só fico em hotel com wi-fi" criada pela @ladyrasta.
Como alternativa, usamos nosso modem da Claro. Até que funcionou bem...
O café da manhã era bem bom, com uma vista bonita da praia, pra quem conseguia as mesas mais próximas da janela (nós conseguimos, nos dois dias).

  • Passeando
Aproveitamos algumas dicas do Desempacotando.
Fomos almoçar na Confeitaria Colombo do Forte de Copacabana, com vista linda para Copa. Comida simples, mas gostosinha, por um precinho camarada.
À noite, tomamos uns - poucos - drinks no Palaphita, à beira da Lagoa. Achamos o lugar muito agradável. Pena que estava um pouco vazio. Será que o povo estava de luto pela perda da Copa?
Relembrando outra viagem ao Rio, fomos passear pelo baixo Leblon, na manhã do sábado. Sassaricando pela Rua Dias Ferreira, que o Riq indica no Desempacotando, acabamos "estacionando" no Severino Café, da Livraria Argumento, onde nos juntamos aos clientes e funcionários para torcer pela vitória da Alemanha sobre a Argentina. Eita 4 x 0 mais festejado!
Almoçamos no Jobi - bar tradicional do Leblon - com nossa amiga niteroiense Mônica, que veio correndo pela ponte para nos encontrar no Baixo.
No Jobi, o melhor foi o chopp. A moqueca de badejo que pedimos deixou a desejar. Mas o bolinho de bacalhau e as empadas estavam muito boas.
E no domingo, antes da partida, almoçamos olhando pra Baía de Guanabara no Albamar, com a Ilha Fiscal logo ali ao fundo. Sugestão da Monica - que veio outra vez pela ponte Rio-Niterói afora. Foi ela quem descobriu uma tal de Estação do Camarão que estava acontecendo por lá, na Revista Rio Show , também indicada no Desempacotando.
A comida estava ótima e o ambiente é um charme, incluindo o pitoresco e antigo elevador.

  • Jantando com (sem) Roberta Sudbrack
Sábado à noite, foi o dia do jantar no RS. Chegamos um pouco antes da abertura da casa e aproveitamos para fazer umas fotinhos na fachada e dos cozinheiros, através das janelas que dão para a rua.
Entrar no restaurante foi um reconhecimento do que já havíamos visto em fotos postadas pela @RobertaSudbrack: a entrada laranja, o balcão onde são servidos, vez por outra, os SudDogs e SudBurgers, as mesas...
O jantar, ou melhor, a experiência, como é chamada pela chef, daquela noite constava de oito pratos. Nossa cortesia dava direito a três.
E foi assim, que, além da entrada com pão da casa quentinho, patê da chef, gougères e uma surpresinha: tartare de abóbora, degustamos o ravióli de mangarito em três texturas e o ossobuco de vitelo de leite com polenta macia, tudo acompanhado por um cabernet Dal Pizzol, escolhido pelo maître.
Para a sobremesa, experimentamos a estrela da casa: o bomboloni. Um sonho... sem trocadilho!
Com o café, degustamos uma tábua de docinhos onde se destacava um delicioso brigadeiro de colher.
Esperamos ver a chef em sua voltinha pelo salão, mas não rolou... E o recado dela via twitter convidando pra uma visita à cozinha só chegou quando já estávamos no hotel. Pena esse desencontro!
Apesar disso, voltamos pro nosso 2404 alegres por mais essa experiência gastronômica.


Bem... se minhas mães ficaram tristes por não encontrar a tia Roberta, imaginem eu! Tava louquinha pra falar com ela. Será que eu vou ter outra oportunidade?


  • Voltando pra casa
E depois de tanta coisa boa e certinha, alguma coisa tinha que ser meio enrolada, né? Pois aconteceu...
Chegamos ao Santos Dumont com antecedência mais que regulamentar para o embarque no voo 6764 da Webjet, que sairia às 16h20. Já no check-in nos avisaram que havia um atraso de 2 horas. Ofereceram um voucher de R$25,00 por pessoa pra um lanche no mesmo quilão onde encontramos o Ricardo Freire na chegada. Não havia nada de apetitoso pra nós que havíamos comido como rainhas no Albamar. Acabamos tomando sorvetes e mais sorvetes... Häagen Dazs, claro!
Fizemos hora na Sala Vip do Diners e voltamos ao balcão do check-in perto da hora do embarque. Encontramos o maior barraco: nosso voo tinha mais atraso e o voo seguinte também tinha previsão para decolar 4 horas depois do horário.
Por fim, perto das 20h, decolamos e assim só chegamos em casa depois das dez da noite.
Apesar desse contratempo, chegamos felizes com o fim de semana agradável que passamos na cidade maravilhosa, graças à gincana do Hoteis.com.

  • Registrando
Durante o fim de semana, twitamos e clicamos muito.
Os twittes estão aqui, se a baleia estiver de bom humor.
E as fotos, aqui!


Eu adorei a viagem e também fiz um álbum só com as minhas fotos. Tá aqui, olha!
E eu também quero agradecer ao Hoteis.com por esse fim de semana feliz no Rio de Janeiro.
Ah, tô esperando por novas gincanas, viu? É divertido!