segunda-feira, julho 19, 2010

Aventura sob a lua cheia

Minha agenda gentilmente me lembrou que há 13 anos eu estive em Baños Morales, no Chile.
Foi um momento mágico, desses que não se repetem, mesmo que se volte no dia seguinte ao mesmo lugar querendo reviver aquele bem-estar.
Conto como foi!
Veronica e eu estávamos hospedadas em casa de amigas chilenas, em La Reina, bairro distante uns 20km do centro de Santiago, quase no sopé da cordilheira.
Numa tarde de sábado, saímos com uma das anfitriãs - Teresa -, para um passeio. Assim, meio sem destino. E nos embrenhamos pelas montanhas do Cajón del Maipo.
A paisagem era deslumbrante. Montanhas nevadas, aqui e ali uma cachoeira despencava do alto. Casas, poucas, quase soterradas na neve do inverno chileno. E não se via viv'alma...
Relembrando algum passeio longínquo de sua infância, Teresa seguia em frente.
Caiu a noite e uma linda lua cheia brilhava no céu quando chegamos a uma piscina termal perdida entre as montanhas.
Em meio a toda aquela neve, a água da tal piscina era quentinha.
Segundo Teresa, estávamos em Baños Morales.
Tudo deserto!
Livres das roupas invernais, mergulhamos naquelas águas tépidas, sob a luz da lua. Aventura inesquecível!
Era tarde pra voltar pra Santiago.
Encontramos na região uma hostería acolhedora e nos hospedamos ali naquela noite.
No dia seguinte, Pamela, nossa outra anfitriã, ouviu nossas histórias com um sorriso triste de inveja.
Decidimos repetir a experiência naquele mesmo dia.
Voltamos à piscina morna e deserta sob a mesma lua cheia.
Nem preciso dizer que aquela magia do primeiro dia não se repetiu. Foi apenas mais um passeio agradável.
Nesses últimos 13 anos, nunca mais ouvi falar de Baños Morales. Distração minha, ou o lugar não está mesmo entre os pontos turísticos chilenos?
Hoje, numa busca rápida pela net encontrei algumas referências.
A que me lembrou mais aquela aventura foi essa, com fotos da "nossa" piscina perdida entre as montanhas nevadas do Chile.

Um comentário:

  1. Olá Carmem,
    Lindo seu relato, senti mais vontade ainda de ir até lá.
    Obrigada pela contribuição lá no blog do Ricardo Freire.
    Abraços,
    Simone Lobp

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