domingo, fevereiro 26, 2012

E assim, chegamos a Portofino...

Portofino
Essa imagem de Portofino é mais do que famosa. Tem em folhinha, quebra-cabeça e sei-lá-mais-onde.
Eu sabia que um dia chegaria lá, mas não tinha imaginado que seria nessa viagem.
Como eu já contei, Gênova só entrou na programação como base para explorar as Cinque Terre
Daí, na viagem de trem vimos a estação de Santa Margherita Ligure, a porta de entrada de Portofino, e decidimos explorar a região. 
Marina de Santa Margherita Ligure
Quando o trem pára na estação de Santa Margherita, a gente não tem muita noção do que vai encontrar. Mas é só ir caminhando pela ladeirinha à direita de quem sai da estação e pronto, ali está o mar. Porto, marina, casinhas pintadas de ocre e terracota. Uma beleza de paisagem. 
Ali, como em Gênova, várias fachadas apresentam a arte do trompe-l'oeil, aquela que "engana" a gente, dando a ilusão de algo que na verdade não existe.
Olha e diga quais são as janelas verdadeiras e as falsas...
Difícil, né?
Percorrer a orla de Santa Margherita é tarefa pra pouco tempo.
Hoteis e restaurantes quase todos fechados. Férias. Inverno. 
Ali mesmo, no calçadão da praia, há um ponto de ônibus para Portofino. Bilhetes a 1,50, se comprados na bilheteria. Comprando diretamente no ônibus, dizem que se paga o dobro. Nem quisemos conferir. Compramos no guichê de informações, ao lado do ponto. São válidos por 100 minutos, que no nosso caso foram suficientes para passear pelo caríssimo balneário e voltar a Santa Margherita.
E pra quem achar que eu exagerei no caríssimo, vai aí a prova:
Ventava como se estivéssemos no alto do Everest. Depois de uma volta pelo deck, entramos num pub à beira-mar. O dono nos acolheu com muita simpatia e foi logo oferecendo uma grappa para acompanhar o café que pedimos. Trouxe também uns biscoitinhos doces. O lugar era quentinho, aconchegante e de lá se via um pouquinho do mar. Ficamos um bom tempinho. Sabendo que Portofino é famosa pelos preços, fizemos nossas apostas quanto ao preço da brincadeira. Mas nossas expectativas foram superadas...
Que susto!
Voltamos a Santa Margherita e curtimos a tarde no Bar Giuli, debruçado na marina, com direito a saladinha, pizza, vinho e preços módicos.
O pôr do sol acompanhou nossa viagem de volta até Gênova. 
Era a nossa última noite na Liguria.

sábado, fevereiro 18, 2012

Passeando pelas Cinque Terre

Já contei antes que montamos base em Gênova para explorar alguns lugares da Liguria.
Foi uma mão na roda.
Do nosso hotel até a estação de trem era um pulinho, só atravessar a Piazza Principe. 
E, uma vez no trem, a Liguria era nossa. 
Era só ter um pouquinho de paciência, já que os trens param em muitas estações antes de chegar ao destino escolhido.
Começamos com Riomaggiore, a porta de entrada, ou saída, das Cinque Terre, dependendo do ponto de partida.

Como o próprio nome diz, Cinque Terre é formada por cinco cidadezinhas, numa região montanhosa, debruçada sobre o Mediterrâneo: Riomaggiore, Manarola, Corniglia, Vernazza e Monterosso Al Mare.
Pra quem está em Gênova, a porta de entrada seria Monterosso. Já Riomaggiore é a primeira cidade pra quem parte de La Spezia. Embora viéssemos de Gênova, decidimos começar por Riomaggiore. Por quê? Ah, porque somos do contra... E porque de Riomaggiore se vai a Manarola, sua vizinha, por um caminho especial, a Via Dell'Amore, que é essa que se vê aí atrás da Ana na foto.
Só por essas poucas coisinhas que já falei, dá pra imaginar que Cinque Terre é um sonho, né? E é!
Mas essa maravilha foi atacada no final de outubro de 2011 por fortes chuvas que provocaram grandes enchentes. Muita coisa foi destruída. E nós sabíamos disso. Até deixamos a visita em stand by quando fizemos nosso planejamento de viagem.
Já do trem, ao passar por Vernazza, dava pra ver a destruição. Uma tristeza.
De Gênova a Riomaggiore se leva quase duas horas de trem. Como eu disse, ele vai parando e muitas estações pelo caminho. A passagem custa  7,30
Chegando a Riomaggiore há um escritório oficial do Parco Nazionale delle Cinque Terre. Ali pegamos um mapa e algumas informações do trajeto. E soubemos que os caminhos de pedestre depois de Manarola estavam fechados. Mas a gente não pretendia fazê-los, mesmo... Nos informou ainda o funcionário que Vernazza estava praticamente impossível de ser visitada e Monterosso estava um pouco melhor, mais ainda em obras.
Assim, as Cinque Terre se transformaram em Tre Terre nessa temporada.
O caminho sugerido para Riomaggiore começa na estação rumo a um túnel que leva à cidade. Primeiro ponto, a marina.
Depois de muita subida, a igreja e um caminho de onde se avista o mar. Quem quiser subir mais um pouco, pode ir também a um castelo. Passamos!
Esse passeíto leva de volta à estação, pelo outro lado. É ali que começa a Via dell'Amore.
  • Antes de começar o trajeto, é preciso adquirir um bilhete - Cinque Terre Card - no valor de 3. 
  • Atenção, o Cinque Terre Card dá direito a usar todas as áreas para pedestres e pic nics do parque, transporte em elevadores e ônibus operados pelo parque e ingresso ao pontos de observação naturalistas, chamados de "musei del territorio". Só que ninguém avisa! Tem que ler no cartãozinho. Não lemos e comemos bola. Em Corniglia,  usamos o ônibus do parque pra subir e descer - a cidade fica no alto - e pagamos mais 1,50 por trajeto...
A caminhada pela Via dell'Amore é muito bonita e fácil. Num instantinho se chega à estação de Manarola. O único senão foi o vento cortante que nos acompanhou desde a saída do túnel em Riomaggiore.
Pra quem vem pela Via dell'Amore, Manarola não é lá muito fotogênica. A cidade fica no alto, virada para o lado contrário de quem chega por ali.
Em Manarola, paramos no primeiro boteco depois da estação pra um lanchinho reconfortante. Não subimos até o povoado.
Decidmos pegar o trem até Corniglia. Lembrem-se era inverno. Dias curtos.
Da estação de Corniglia, sim, se tem uma bela visão de Manarola.
Corniglia fica no alto. Pode-se subir a pé. São 365 degraus, como informa uma placa logo à saída da estação. Ou tomar o ônibus do parque. Fomos de ônibus.
O povoado é pequeno e todo labirintico. Andamos pra lá e pra cá fotografamos, subimos escadarias, descemos e voltamos ao ponto do ônibus justo a tempo de testemunhar um lindo pôr de sol no Mediterrâneo.
De volta à estação, perdemos por um triz o trem direto que voltava a Gênova. 
Mortas de frio, decidimos tomar um trem até Sestri Levante e, de lá, outro até Gênova.
Chegamos famintas e geladas. Descartamos os planos de sair em busca do I Tre Merli. Jantamos na trattoria do hotel e nos recolhemos.
Foi um dia e tanto!
Mais fotos? Aqui! E aqui também!

quinta-feira, fevereiro 16, 2012

Montando base em Gênova


Desde o início do planejamento da nossa viagem, Cinque Terre estava na lista de wishlugares.
Daí sobreveio a catástrofe. Soubemos, e vimos em alguns vídeos, que Vernazza e Monterosso ficaram destruídas. Acreditamos na rápida recuperação dos estragos e não tiramos as cidadezinhas à beira-mar dos nossos planos. Deixamos em stand by.
Durante a viagem, diante de tanta neve, chegamos a pensar em mudar nossa rota para o sul da Itália, mas um estudo nas cartas meteorológicas nos mostrou que as coisas também não andavam bem por lá.
E o mesmo estudo nos apontou que Gênova tinha boa previsão. Nada de nevascas. Sol. Temperaturas positivas. E ainda a possibilidade de retomar os planos de ir a Cinque Terre.
Saímos de San Gimignano de ônibus, para depois pegar trem para Gênova. Duas conexões eram previstas para o trajeto: Empoli e Pisa.
Chegando a Pisa, vimos que o trem para Gênova estava com atraso de duas horas e meia. Pegamos o próximo trem pra La Spezia. De lá, um outro trem nos deixou em Gênova, pouca coisa mais tarde do que o atrasadinho nos deixaria, em condições normais. E, sorte, esse pula-pula tornou nossa viagem um tantinho mais barata.
Chegamos com a idéia de ficar num hotel próximo da estação para facilitar a movimentação de chegada, partida e passeios.
Tentamos o bam-bam-bam local: Grande Hotel Savoia. Achamos um pouquinho caro. Entramos no co-irmão Continental e gostamos do preço. Pedimos quarto para duas noites (89 euros a diária), pagamos adiantado e pimba!
Nosso quarto era gracinha. Amplo, três janelas formando uma espécie de bay window, com uma bela vista para a Piazza Principe. Banheiro bom. Enxoval de boa qualidade.  Free wi fi, de qualidade razoável. Café da manhã bem variadinho, com uma seleção de jazz que incluía três músicas brasileiras – Mulher rendeira, Na baixa do sapateiro e Aquarela do Brasil – que se repetia todos os dias... Gostamos!
Saímos andando pela cidade e entre palácios e ruelas, acabamos chegando ao Porto Antico. Descobrimos o Acquario e o Eataly. Andamos pelo centro e... Gênova nos conquistou. Tanto que refizemos os planos e decidimos ficar mais duas noites.
Nos emaranhamos pelas ruelas do centro antigo, vimos a Piazza de Ferrari, os palácio da Via Balbi e da Via Garibaldi. Fizemos umas comprinhas numa feira bem no centro antigo, entre o Palazzo Ducale e a Catedral de San Lorenzo. Fomos ao Acquario. Jantamos no Eataly. Almoçamos como rainhas no I Tre Merli, que a Carla Portilho já havia indicado no seu blog e que o Carlos Bertollazzi indicou veemente quando soube pelo twitter que estávamos no berço do seu Zena. Tentamos comer na antiquíssima Trattoria della Raibetta, mas não deu certo.
Internet free, a exemplo dos demais lugares por onde andamos, não havia. Nem mesmo no I Ter Merli que tinha perfil e preço para isso. Na região do Porto Antico, vimos um oferta de wi fi para uso na região, mediante a compra de um cartão válido por 24 horas. Como não íamos ficar muitas horas por ali, não testamos.
Dedicamos dois dias a passeios por Cinque Terre, Santa Margherita Ligure e Portofino. No mais, flanamos por Gênova.
Sobre os passeios, conto depois.
Agora, mostro as fotos de Gênova.
Arrivederci!


PS. Voltei porque me lembrei de uma coisinha!
Todos sabem que Colombo, o homem que pôs o ovo em pé, é genovês, embora haja controvérsia... Pois então, abusando da fama do navegador, há na cidade um lerezinho pega turista: visitar a casa onde Cristóvão Colombo teria morado quando criança.
Eita coisinha sem graça! 
Quer um conselho? Pegue os 4 euros do ingresso e gaste em sorvete, pizza ou mesmo numa subida no Bigo, um "elevador" modernoso que fica no Porto Antico, de onde prometem uma bela vista da cidade. Não confirmo porque não fomos...
Aproveito também pra colocar o link do álbum de fotos da Ana, que inclui Gênova e outras cidades pelas quais passamos. Tá aqui!

domingo, fevereiro 12, 2012

Mais andanças pela Toscana

Como eu disse no post anterior, nossas andanças pela Toscana nevada continuaram.
Deixamos Florença num velho ônibus da SITA, pois sabíamos que a estação de trem em Siena fica longinho do centro histórico.
Nem preciso dizer que a neve nos acompanhou. É só olhar a foto...
O ônibus deixa os passageiros na Piazza Gramsci, que funciona como uma pequena rodoviária. Ora, em qualquer rodoviária é normal haver um ponto de táxi, não? Pois em ali não há! Tampouco um posto de informações turísticas... 
Tínhamos nossas mochilas pra carregar até o hotel através de um caminho desconhecido, mas presumidamente longo, inclinado e nevado. 
Ana conseguiu um mapa num hotel na praça e nos pusemos a caminho.
Um pouco mais adiante, numa pracinha menor e deserta... um ponto de táxi!
E assim chegamos ao El Chiostro del Carmine, que já estava reservado antes da saída do Brasil. 
A cidade é bonita, mas sacrificante. Principalmente coberta de neve...
A Piazza del Campo, coração de Siena, onde acontece anualmente o Palio, parecia um rinque de patinação no gelo, só se podia contorná-la.
No emaranhado de ruas, vielas e escadarias, muita coisa não podia ser alcançada por causa da neve acumulada nos dias anteriores.
Ainda assim, caminhamos muito pela cidade, descobrimos cantinhos, restaurantes, lojinhas.
Comemos bem na Osteria Le Logge (Via del Porrione, 33) e melhor ainda na L'Osteria (Via d'Rossi, 79-81). Comemos ricciarelli no famoso café Nannini (Via Bianchi di Sopra, 24) e achamos o lugar meio sem graça. Demos com a cara na porta em alguns lugares indicados por amigos e guias...
Na pele de turistas, compramos o bilhete integrado para os quatro lerês religiosos: museu, batistério, cripta e catedral. 
No museu, o mais interessante foi o Facciatone, uma passarela alta de onde se avistava grande parte da cidade. 
Cripta e batistério têm sua graça como um lugar a ser visto sem espantos.
Já a Catedral de Santa Maria della Scala nos encantou. Enorme, linda do começo ao fim. Não sabíamos o que olhar primeiro: o teto maravilhoso, as obras de arte ou o piso coberto de mosaicos espetaculares. Vimos tudo! Ou melhor, tudo o que podia ser visto, já que parte do piso fica coberta e só é mostrada aos  que têm a sorte - ou a manha - de visitar a Catedral entre 23 de agosto e 3 de outubro. Anota aí! 
Voltaremos a Siena, sim! Sem neve e com o piso da igreja totalmente descoberto. 
E ficaremos num hotel mais central, que não nos obrigue a escalar a montanha a cada volta.
De Siena, fomos pra San Gimignano, também com o ônibus da SITA.
Cidade menor, San Gimignano estava quase morta. Quase tudo fechado: muitos restaurantes, a sorveteria multipremiada, igrejas, torres, museus, escritório de turismo. Alguns lugares estavam inacessíveis por conta da neve.
Escolhemos o hotel  Leon Bianco, bem na praça central da cidade. Essa mesma que se vê aí na foto, onde há uma cisterna cujos degraus cobertos de neve eram quase proibitivos... 
Pedimos um quarto com vista para a praça e achamos linda e bucólica a vista que tínhamos da nossa janela. 
Na manhã seguinte, quando olhamos pra fora... era dia de feira no lugar! Mas nós já estávamos de partida.
San Gimignano foi nossa última aventura na Toscana nessa viagem.
De lá partimos para a Liguria.
Fotos aqui e aqui...

quinta-feira, fevereiro 09, 2012

Sob a neve da Toscana

Quando começamos a preparar a viagem, pensamos em alugar um carro e ir parando pelas cidadezinhas e cidadezonas da Toscana.
Depois vimos notícias de que o inverno seria rigoroso e desistimos do carro, pensando na neve cobrindo as estradas e ruas.
Ficamos com o trem...
E aí lemos um post antiguinho do Ricardo Freire, em que ele sugeria que se fizesse uma base em Florença para visitar a Toscana de trem.
Escolhemos essa opção e nos demos muito bem.
Na viagem entre Roma e Florença, vimos campos e cidades branquinhos. E grossos flocos de neve caiam em alguns trechos.
Duomo de Florença
Mas em Florença não havia neve. Havia, sim, um frio de rachar, intensificado por um vento cortante.
Em algumas manhãs, caíam uns fiapinhos leves de neve. Nada que atrapalhasse as andanças.
Nos instalamos no Hotel Sempione, um 3 estrelas próximo da estação de trem Santa Maria Novella. O hotel não é nenhuma Brastemp, mas cumpriu seu papel: limpo, bons lençóis e toalhas, com wifi free e operante, café da manhã razoável e com localização pra pegar o trem pros bate-e-volta que tínhamos em mente ou pra sassaricar pela parte antiga de Florença.
Já conhecíamos Florença, então só fizemos reconhecimento de alguns lugares. Novidade mesmo foram a Cappella Brancacci, lindíssima e a Igreja Santa Croce, cujo claustro não pudemos ver porque estava fechado naquele domingo, sem nenhum aviso... 
Comemos bem nos restaurantes Baldovino, Buca Lapi (indicações da Marcie), Trattoria Ponte Vecchio (indicação da Mari Campos), Boccadama e Cipolla Rossa (descobertos e aprovados por nós mesmas). E deixamos pra próxima vez o restaurante Oliviero, indicado pela Lena.
Internet free é coisa quase inexistente na cidade. Nada daquela facilidade de sentar num café e navegar contando tudo o que fez, está fazendo e fará. O único lugar onde encontramos uma rede wifi free, foi num lugarzinho sem graça, ao lado do Batistério, chamado Il Ristoro. 
De Florença fizemos alguns bate-e-volta interessantes e outros nem tanto.
Arezzo - Piazza Grande
Fomos a Arezzo num dia de muito frio e neve. A cidade é daquelas cheias de ladeiras estreitas. Pra chegar até a igreja de Santa Maria della Pieve e a Piazza Grande, foi uma dificuldade. Ficamos um pouco desanimadas...
Seguimos viagem para Cortona... E só chegamos até  estação de trem. Ventava forte, fazia muito frio, a cidade fica no alto, longe da estação. E já estávamos cansadas de subir ladeiras naquele dia. Passamos...
Lucca - Piazza dell'Anfiteatro
Dia seguinte, fomos a Lucca. E amamos!
A cidade é plana. Tem uma igreja em cada beco. E uma linda e enorme praça oval, o Anfiteatro Romano.
Não andamos na muralha, não alugamos bicicletas, nem subimos na torre Guinigi. Tivemos um almoço sem graça numa tal Trattoria K2, mas comemos doces bem gostosos no tradicionalíssimo café Di Simo.

A última escapadinha foi para Pisa. 
Não tiramos a tradicional foto segurando a torre. Visitamos o  lindo Batistério, onde de meia em meia hora uma funcionária entoa algumas notas musicais para mostrar a incrível acústica do lugar; andamos pelo Camposanto e demos uma olhadinha rápida na Catedral, já que era dia de missa.
Da estação de trem, há ônibus para o Duomo, mas o turista independente tem que descobrir sozinho qual é e aonde para... Tem também que comprar o bilhete antes de entrar no ônibus, para não correr o risco de ouvir do motorista as palavras que ouvimos na volta, algo como: "Não há mais bilhetes. Acabaram-se!". E nós, que tínhamos pagado 1,50 euros para ir, comprando o bilhete no ônibus, voltamos sem pagar... mas com medo da fiscalização. E se nos pegassem? 
Pisa: fomos, vimos e não precisamos voltar mais.
Nossa saga toscana continuou depois que deixamos Florença, mas deixo pra contar num próximo post.
Por enquanto, fiquem com as fotos dessa peregrinação invernal. 
Olhaí! Essas são minhas...
E essas são da Ana e incluem todos os lugares por onde passamos nessa viagem.

sábado, fevereiro 04, 2012

Roma, cidade eterna(mente) cheia...

A primeira vez que fomos a Roma, era verão e a cidade estava lotada de gente pra todo lado.
Dessa vez, sendo inverno, esperávamos mais tranquilidade.
Qual o quê? Pra passar pela Scalinata della Trinità dei Monti no fim da tarde era preciso pedir licença...


E na Fontana di Trevi, então?
E olha que a meteorologia prometia um inverno rigorosíssimo para esse início de 2012!
Mas o friozão ficou só na promessa, pelo menos nos dias em que estivemos por lá, na primeira etapa da viagem.
Nossa estadia teve pontos altos e baixos.
Conto primeiro os altos:
Na primeira manhã, saímos com planos feitos: igrejas, Coliseu e adjacências. Entramos no metrô e vimos "Cinecittà" na lista de destinos. Ana se lembrou de um post do Ricardo Freire sobre o lugar. Mudamos de planos! Adoramos a Hollywood italiana. Tem visita guiada pelos cenários, exposições, café, lojinha.
Ainda de olho na lista de estações do metrô, vimos um acesso à Via Appia. E foi esse nosso próximo destino. Saindo da estação do metrô tomamos o ônibus 660 que nos deixou justo na Via Appia Antica. Achamos um must caminhar por lá...


Comemos muito bem, seguindo dicas da Marcie: Fraschetteria Beltramme, Due Ladroni, La Campana, e Nino, todos no centro.
Fomos até a Galleria Borghese ver alguns trabalhos de Caravaggio, Bernini e outros famosinhos. Gostamos!
Descobrimos a Chiesa dei Portughesi, na via do mesmo nome, onde ouvimos parte de um concerto de órgão maravilhoso.
E os pontos baixos...
Nos hospedamos no Via Sistina, um B&B onde tínhamos ficado da outra vez e de bom só tivemos a localização - pertinho da Trinità - e o preço - € 75.

E as catacumbas da Via Appia Antica? San Sebastiano, estava fechada por ser domingo. Poucos metros adiante, San Callisto, fechada até meados de fevereiro/2012.
Visitamos a Piazza Navona à noite e achamos sem graça... Ficamos até um pouco amendrontadas, tão deserto estava o lugar.
Fomos também até a Boca da Verdade. O que eu não sabia - shame on me - é que a tal Boca fica enclausurada na entrada da Basílica de Santa Maria in Cosmedin. Para chegar perto dela é preciso entrar na fila e "colaborar espontaneamente" com €0,50. Só então a pessoa pode tirar UMA foto diante da Boca, sob o olhar do funcionário e a pressão dos outros turistas que estão na fila.



No mais, andamos pela cidade vendo igrejas praças e lojas.
Visitamos a igreja de San Giovanni Laterano, com direito ao claustro. Fomos ver a Scala Santa, onde só é permitido subir de joelhos. caminhamos até a igreja de Santo Stefano Rotondo sem saber que fecha às segundas... Visitamos a SS Giovanni e Paolo, a Santo Ignacio di Loyola e a Santa Maria Sopra Minerva.
E vimos o Pantheon à noite, com direito a lua no pedacinho do céu que se vê lá de dentro.
Olha a lua lá!
Passamos pelo Coliseu. Não havia grande fila para entrar, embora tivesse bastante gente dentro e fora do recinto. Hesitamos, pensamos um pouco e decidimos não entrar. seremos julgadas?
Perrengues?
Poucos, mas cito aqui pra ajudar quem for turistear por Roma: 
  • Caso não compre aqueles passes que dão direito a tudo e um pouco mais, procure ter sempre um bilhete de ônibus na carteira. Dá pra comprar no metrô, no jornaleiro, no bar e em alguns ônibus, mas se você não der a sorte de subir num ônibus que tem a maquininha de venda, como faz?
  • Cuidado, muito cuidado, com o calçamento de pedras das ruas. São irregulares e podem provocar tropeções e quedas. Ana levou dois tombaços...
  • Internet, eis um problemão. Faça muita questão que seu hotel tenha wifi grátis e operante. Você não encontrará redes nos restaurantes, cafés etc. Há muitos pontos wifi free, mas eles são destinados a quem tem um telefone italiano, já que o acesso depende de um longo  cadastro que termina pedindo o número do celular com código da Itália para o envio do login e senha via SMS.
  • Procure se informar sobre horários e dias antes de ir aos lugares para não dar com a cara na porta, como aconteceu conosco nas catacumbas. Não confie cegamente nos guias. Procure informações ultra atualizadas, aquelas que saem periodocamente em guias locais.
  • Atenção, a cidade não dá muita importância ao turista independente. Faltam avisos, placas, coisinhas simples que  facilitariam a nossa vida.
Enfim, a cidade eterna é encantadora, mas também é difícil.

Fotos: AQUI E AQUI

quinta-feira, fevereiro 02, 2012

Frankfurt

Voamos pela TAM, num belo Boing 777 até Frankfurt. Ali fizemos uma escala de mais ou menos 20 horas, para depois seguir até Roma pela Lufthansa.
Essa longa escala nos deu oportunidade de conhecer um pouco da cidade, com a luxuosa e agradável companhia da Carina, que é brasileira, mora em Frankfurt e é a responsável pela produção dos roteiros de viagem personalizados Senzatia.
Com ela andamos pelo centro histórico, fomos à Catedral, passamos pelas pontes sobre o rio Main e terminamos a noite comendo um tradicional schnitzel no não menos tradicional restaurante Adolf Wagner, com direito a apfel wein, um curioso vinho de maçã.
Passamos a noite no Ibis Frankfurt Airport, que é bem gostosinho, no gênero.
Na manhã seguinte, depois de um belo café da manhã embalado pela música brasileira "Ai se eu te pego", voltamos ao aeroporo a bordo do micro-ônibus da Accor, que leva e traz hóspedes entre aeroporto e hotéis da rede.
Frankfurt é lugar pra voltar, ao menos uma vez mais, pra ver a cidade à luz do dia.
Agradecemos à Carina pela recepção, pela paciência e pela agradável companhia.

Fotos da Ana, um álbum sobre essa parte da viagem e todas as outras. Veja aí!